web counter free

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Seminários IBRE | Política de Salário Mínimo para 2015 - 2018



Olá alunos,

O Instituto Brasileiro de Economia (FGV/IBRE) e a Escola de Economia de São Paulo (FGV/EESP) realizarão o seminário “Política de Salário Mínimo para 2015-2018: Avaliações de Impacto Econômico e Social” nos dias 7 e 8 de maio, na sede da FGV no Rio de Janeiro.

O objetivo desta iniciativa é reunir os principais especialistas sobre o tema para apresentar diagnósticos e propostas de política econômica que possam ser utilizadas pelo governo brasileiro nos próximos anos

O seminário será dividido em cinco sessões:
      1.       Salário Mínimo e Mercado de Trabalho
      2.      Salário Mínimo e Distribuição de Renda
      3.      Salário Mínimo e Finanças Públicas
      4.      Salário Mínimo e Inflação
      5.      Macroeconomia do Salário Mínimo

Dias e horários do evento:
      ·          7 de maio: 13h30 às 18h30
      ·         8 de maio: 8h às 18h30

Local:

Fundação Getúlio Vargas: Auditório Thompson Flores, Praia de Botafogo 190, 12º andar. Rio de Janeiro

É importante que se debata sobre o tema, pois o salário mínimo possui desdobramentos sobre diversos setores da economia e apresenta impactos em termos distributivos.

Além disso, o salário mínimo nacional deve ser encarado como um instrumento social, regulador das relações de trabalho, utilizado atualmente na maior parte dos países capitalistas, sejam eles desenvolvidos ou em desenvolvimento. O seu objetivo principal é estabelecer uma remuneração mínima aos trabalhadores de determinado setor ou setores de atividade, ou a todos os trabalhadores de uma região ou de um país.

Dessa maneira, esperamos que possam participar do evento, que será de grande utilidade para os aspectos discutidos na disciplina e para formação de conhecimento nesse campo.

As inscrições são gratuitas pelo site:



sábado, 26 de abril de 2014

Desemprego de longo prazo dobrou em países desenvolvidos, diz estudo



Olá alunos,

Uma das consequências da crise financeira de 2008 foi o aumento da taxa de desemprego. A postagem de hoje informa sobre as consequências que a desemprego, a longo prazo, pode gerar para a sociedade.

Esperamos que gostem e participem.

Fellype Fagundes e Carlos Araújo

Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense


O número de desempregados que estão no mínimo há um ano sem trabalho dobrou nos países desenvolvidos nos últimos 5 anos, após o início da crise financeira mundial, e já atinge 17 milhões de pessoas, afirma um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta terça-feira.

O relatório Panorama da Sociedade 2014 analisa o impacto da crise econômica na vida das populações por meio de uma série de indicadores, como emprego, renda, pobreza, saúde, imigração e demografia.
"A tormenta financeira de 2007 e 2008 provocou não apenas uma crise econômica e orçamentária, mas também uma crise social", diz o estudo.

Desde 2007, há 15 milhões de desempregados a mais nos países da OCDE, totalizando, atualmente, 48 milhões de pessoas.

Mais de um terço delas (17 milhões) estão sem trabalho há pelo menos um ano, o que a organização define como "desempregados por longo prazo".

Preocupante
Para a OCDE, esse total de pessoas sem emprego por um longo período é preocupante.

"Com um número cada vez maior de pessoas sem experiência profissional recente, com competências que se desvalorizam e que as empresas têm reticências em contratar, as fileiras de desempregados desencorajados, que não procuram mais ativamente um trabalho, não param de aumentar", diz o estudo.

"Com o prolongamento da duração do desemprego é muito mais difícil converter uma retomada econômica hesitante em uma recuperação efetiva da economia que permite criar empregos", afirma a organização.

"O desemprego, particularmente o de longo prazo, pode prejudicar as perspectivas de carreiras futuras e pesar na saúde mental das pessoas, além de aumentar os custos sociais", diz o relatório.

Em três países da zona do euro – Espanha, Grécia e Irlanda – o número de pessoas que vivem em lares onde ninguém recebe renda decorrente de atividades profissionais dobrou nos últimos cinco anos.

A taxa média de desemprego na OCDE aumentou em três pontos percentuais entre meados de 2007 e meados de 2013, totalizando 9,1%.

A Espanha e a Grécia registraram uma alta de 18 pontos percentuais no período, diz o estudo.
 Espanha, Estados Unidos e Irlanda são os países onde mais cresceu a proporção de pessoas sem emprego há no mínimo um ano em relação ao total de desempregados. Na Irlanda, esse aumento chega a 30 pontos percentuais.

Já no Brasil, a taxa de desemprego caiu de 9,3% em 2007 para 7,4% em meados de 2013, segundo dados do IBGE.

Jovens
Os jovens, homens e pessoas com pouca qualificação profissional são os mais afetados pela deterioração do mercado de trabalho nos países da OCDE.

A taxa de desemprego de jovens entre 15 e 24 anos aumentou 7 pontos percentuais entre 2007 e 2013 nos países da OCDE. Em países como Grécia, Espanha e Portugal, o desemprego dos jovens aumentou pelo menos 20 pontos percentuais no período.

"Os jovens que enfrentam longos períodos de desemprego ou pobreza correm o risco de serem confrontados durante toda a vida a perspectivas profissionais e de renda menores", afirma Angel Gurría, secretário-geral da OCDE.

"Hoje, mesmo se a situação econômica dá sinais de retomada, a situação social, ao contrário, não melhorou e continua se deteriorando, em alguns casos fortemente", afirma Gurría no estudo.

"Há cada vez mais pessoas que declaram ter dificuldades para enfrentar as despesas do dia a dia, tendência observada em 26 países da OCDE desde 2007", diz ele.

"As consequências sociais da crise poderão perdurar vários anos", afirma o estudo.
Segundo a OCDE, o desemprego e a redução da renda têm outras consequências sociais, como a saúde, a formação de uma família, a fecundidade (casais que adiam a decisão de ter filhos), o que pode agravar os problemas demográficos e de financiamento das aposentadorias ligados ao envelhecimento das populações.
Mas esses efeitos, ressalta a organização, somente serão sentidos a longo prazo.

"A prioridade hoje é que as políticas sociais possam resistir à crise, ou seja, estejam aptas para enfrentar as piores situações causadas pela economia mundial", diz Gurría, secretário-geral da OCDE.

Link Original 


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Como a Petrobras virou 'dor de cabeça' para governo e investidores


Olá alunos,

A Petrobras já foi considerada uma das maiores petrolíferas do mundo. A postagem de hoje procura investigar porque o cenário, para empresa, já não é tão promissor. 

Esperamos que gostem e participem.

Fellype Fagundes e Carlos Araújo

Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense

Em 2007 e 2008, as descobertas do pré-sal fizeram a Petrobras decolar como uma das principais vitrines do governo brasileiro e se tornar uma das maiores petrolíferas do mundo. Passados seis anos, porém, o cenário da empresa não inspira mais tanto otimismo.

O valor de mercado da estatal tem recuado significativamente, e os problemas da empresa viraram uma dor de cabeça para o governo Dilma Rousseff. O jornal britânico Financial Times chamou a companhia de "um potencial não concretizado".

A crise mais recente envolve a compra, em 2006, de 50% de uma refinaria de Pasadena (EUA), agora sob suspeita de superfaturamento. Na época, Dilma era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da estatal, que autorizou a compra.

Mas os obstáculos da empresa envolvem também os preços dos combustíveis praticados no Brasil, seu alto grau de endividamento e investigações sobre suposto recebimento de propina por funcionários em negócios com a empresa holandesa SBM Offshore.
 A BBC Brasil preparou uma lista explicando os principais problemas vividos pela estatal:

 

Controle do preço dos combustíveis
Analistas apontam que uma das principais causas dos problemas econômicos da Petrobras é o controle no preço da gasolina e no diesel, exercido pelo governo para evitar um aumento da inflação.

O Brasil consome mais petróleo do que produz. Por isso, a Petrobras é obrigada a importar o produto, mas o valor que paga pelo produto no mercado internacional não pode ser repassado integralmente para os consumidores, pois isso geraria uma pressão inflacionária. Isso, obviamente, afeta as contas da empresa.

"Os investidores veem o papel do governo como uma interferência política na gestão da Petrobras", explica à BBC Brasil Robert Wood, especialista em Brasil da consultoria Economist Intelligence Unit.

Um reajuste nos preços dos combustíveis deu fôlego aos resultados da estatal em 2013, ano em que lucrou 11% a mais que no ano anterior.

Mas seu endividamento (veja abaixo) continua alto, mantendo a desconfiança de acionistas. "Em parte, (a retomada da empresa) depende do ajuste no preço da gasolina e de uma política que dê mais previsibilidade à gestão da empresa", opina Wood.

O Ministério das Minas e Energia diz que a política de reajuste dos preços dos combustíveis é estabelecida pela Petrobras. Por outro lado, autoridades insistem que a prioridade do governo é o combate à inflação.

 

Endividamento
No ano passado, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota da Petrobras, após a estatal brasileira se tornar a mais endividada entre as grandes empresas de petróleo e gás.

A dívida líquida da empresa subiu 50% em 2013 - de R$ 147,8 bilhões para R$ 221,6 bilhões.
Em relatório deste mês, a agência calcula que a dívida total da estatal equivale a 3,8 vezes o seu Ebitda (medida que representa o potencial de geração de caixa da empresa).

Isso tem a ver, segundo analistas, com a política de controle dos preços dos combustíveis e com um "plano ambicioso de investimentos", explica Wood.

Um exemplo disso é o fato de a Petrobras ter vencido, como integrante de um consórcio com outras empresas, o leilão do campo de Libra do pré-sal, a maior bacia petrolífera do país.

Libra deve exigir investimentos de cerca US$ 80 bilhões nos dez primeiros anos, segundo estimativas de mercado.

O relatório da Moody’s diz que a nota de crédito da Petrobras tem perspectiva "negativa", já que o endividamento "deve chegar a níveis altos em 2014, significativamente mais altos do que das demais empresas do setor, e só deve declinar a partir de 2015".

Isso é algo que "coloca em xeque a capacidade de investimentos da empresa", diz Pires à BBC Brasil.
Em entrevista à GloboNews em outubro do ano passado, a presidente da estatal, Graça Foster, disse que, no caso específico de Libra, os investimentos de curto prazo são pequenos. E ressaltou que suas dívidas estão sendo convertidas em investimento, que resultarão em crescimento.

Mas recentemente, na divulgação dos resultados da empresa, a presidente admitiu que a redução do endividamento será uma missão difícil em 2014.

 

Casos Pasadena e SBM Offshore
Uma reportagem de O Estado de S. Paulo apontou, na quarta-feira, que Dilma, como então presidente do Conselho de Administração da estatal, em 2006, votou a favor da polêmica compra de 50% da refinaria americana de Pasadena, por US$ 360 milhões. Depois, uma cláusula contratual obrigou a Petrobras a comprar o restante da refinaria, por mais US$ 820 milhões.

No total, portanto, foi desembolsado US$ 1,18 bilhão. O problema é que a empresa que possuía a refinaria anteriormente, a belga Astra Oil, havia adquirido a Pasadena por apenas US$ 42,5 milhões em 2005.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União, e a oposição no Congresso ameaça a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, em ano eleitoral.

Em carta ao Estado, Dilma disse que aceitou a compra com base em "informações incompletas" de um "parecer técnica e juridicamente falho". Depois, agregou que "na época o negócio parecia vantajoso".
Questionada a respeito, a Petrobras até o momento não comentou o caso.

Outra crise envolve denúncias de suposto pagamento de propina a funcionários da Petrobras, por parte da empresa holandesa SBM Offshore. As denúncias envolvem cerca de US$ 139 milhões, que teriam sido pagos entre 2005 e 2011.

Uma comissão parlamentar externa foi designada para analisar o caso, também investigado por Ministério Público e Polícia Federal.

 

Perda de valor de mercado
Todos esses fatores têm gerado uma percepção negativa da estatal, levando investidores a venderem a suas ações. Isso faz a empresa perder o seu valor de mercado, representado pelo preço de suas ações vezes o número de ações existentes.

O valor das ações, que chegou a superar os R$ 30 em 2009, agora beira os R$ 13 – um dos níveis mais baixos desde 2005, antes do período áureo do pré-sal.

O valor de mercado da empresa foi o que apresentou a maior perda em valores absolutos entre as empresas brasileiras listadas em Bolsa em 2013 – de US$ 124,7 bilhões no fim de 2012 para US$ 90,6 bilhões no fim de 2013 –, segundo levantamento da consultoria Economática.

Para Adriano Pires, analista do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), mais do que uma dor de cabeça
para o governo, a Petrobras "virou uma dor de cabeça para seus acionistas".

 

Razões para otimismo
Mas, mesmo nesses cenários, analistas apontam pontos positivos importantes da Petrobras.

O relativo sucesso do leilão do campo de Libra, no ano passado, despertou dúvidas sobre a geração de caixa da empresa, mas é também uma de suas principais promessas de lucros.

"Os investidores estrangeiros ainda respeitam a expertise da Petrobras na área de exploração profunda, mas a questão da gestão vem à tona", argumenta Wood.

Em entrevistas recentes, Graça Foster afirmou que a produção de petróleo pela empresa está em uma curva ascendente e não descarta novos aumentos de combustível, que ajudem a recompor o caixa da empresa.

Link Original

terça-feira, 22 de abril de 2014

Brasil é o pior em retorno de impostos à população, aponta estudo


Olá alunos,

O Brasil é conhecido por sua alta carga tributária. A postagem de hoje procura investigar se o retorno dos impostos, em forma de qualidade de vida para população, está se dando de maneira satisfatória.

Esperamos que gostem e participem.

Fellype Fagundes e Carlos Araújo

Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense

Pela quita vez consecutiva, o Brasil é o país que proporciona o pior retorno de valores arrecadados com tributos em qualidade de vida para a sua população.

A conclusão consta de estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) que compara 30 países com maior carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e verifica se o que é arrecadado por essas nações volta aos contribuintes em serviços de qualidade.

Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul ocupam respectivamente as primeiras posições do ranking. O Brasil está em 30º lugar, atrás da Argentina (24º) e do Uruguai (13º), quando se analisa o retorno de tributos em qualidade de vida para a sociedade.

Para medir esse retorno, o instituto criou em 2009 o Irbes (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade). No Brasil, ele é de 135,34 pontos; nos EUA, 165,78.

O indicador de retorno é resultado da soma de dois outros parâmetros usados pelo IBPT: a carga tributária em relação ao PIB (soma das riquezas de um país), com ponderação de 15% na composição do índice, e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), calculado com base em dados sobre a educação, renda e saúde e que serve para medir o grau de desenvolvimento econômico. Esse indicador tem peso de 85% na composição do Irbes.

Para a carga tributária, o estudo considera as informações da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Os dados de IDH usados são da ONU (Organização das Nações Unidas). Ambos são de 2012, último dado disponível.



No Brasil, a carga fiscal em 2012 foi de 36,27%, segundo mostra o levantamento do instituto, que atua no setor.

FISCO

A Receita Federal informou que não comentaria o assunto. Para o Fisco, a carga tributária do Brasil em 2012 foi de 35,85%. O resultado de 2013 ainda não foi divulgado.

Os percentuais do IBPT e da Receita são diferentes porque o instituto considera no cálculo os valores pagos com multas, juros e correção, contribuições e custas judiciais.

Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, o estudo reforça e mostra a necessidade de cobrar dos governos de todas as esferas -federal, estadual e municipal- a melhor aplicação dos recursos pagos pelos 
contribuintes.

“Os brasileiros foram às ruas recentemente em protestos em que as faixas também mostravam a insatisfação com a elevada carga tributária e o pouco retorno em qualidade de vida”, diz.

RANKING

Na edição anterior do levantamento, o Japão ocupava a quarta posição. Neste ano, passou para sexta. Já a Bélgica estava em 25º lugar e passou para a 8º colocação.