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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

John Maynard Keynes

John Maynard Keynes nasceu em 1873, em Cambridge, onde passou toda a infância. Mesmo tendo viajado muito, a cidade foi seu ponto fixo em torno do qual tudo girou na sua vida. Toda sua formação cultural, sociológica e afetiva ocorreu nesta cidade, situada a 100 Km ao norte de Londres que foi, e ainda é, com sua rival Oxford, um dos principais centros universitários da GrãBretanha desde o final da Idade Média.

Seus pais Florence Ada Brown e John Neville Keynes, eram descendentes, respectivamente, de pregadores puritanos de uma linhagem de burgueses enriquecidos, e complementaram sua ascensão social tendo acesso à posição de intelectuais. Florence foi uma das primeiras mulheres diplomadas na Universidade de Cambridge. Envolveu-se com inúmeras formas de ação social e tornou-se, em 1932, Prefeita da Cidade de Cambridge. Quanto a John Neville Keynes, foi Professor de "Ciências Morais" em Cambridge, tendo escrito um importante livro de metodologia da economia: "The Scope and Method of Political Economiy" (1891).

Keynes compensava seu porte físico pouco atraente (ele era magro e alto) com um grande poder de persuasão e de fazer valer suas ideias. Sua primeira prova de bom articulado foi em Eton, onde Keynes foi admitido em 1897. Numa tradição inglesa quase aristocrática, esse colégio particular acolhia, em regime de internato, um grupo seleto de adolescentes que eram escolhidos a dedo. A maioria de favorecidos por bom relacionamento das tradicionais famílias da região. Apesar de o programa escolar valorizar disciplinas literárias e científicas, também dava importância à prática de esportes, principalmente coletivos. Keynes apreciava apenas o "jogo do muro", uma mistura de rugby e de queimado. Foi nesse colégio que Keynes inicou sua formação intelectual e sua aproximação com o círculo da alta burguesia.

A partir de 1902, Keynes prossegue seus estudos em Cambridge, período em que ele se interessou não pela Economia, mas pela Filosofia e pela Matemática. No ano seguinte, Alfred Marshall, maior economista inglês da época, cria um curso específico de economia e convida Keynes para comandá-lo. Ele recusou e, dois anos depois, se submeteu às provas de matemática obtendo uma classificação média. Após essa decepção, ele se preparou, seguindo os cursos de economia de Marshall para os exames de ingresso nos cargos públicos, realizados em 1906. Classificado em segundo, foi destacado para o departamento das Índias (Índia Office) em Londres. Nesse período prepara uma tese sobre as probabilidades, apresentada sem sucesso no ano seguinte, sendo aprovada em 1908 após uma revisão.

Em 1907 começa trilhar o seu caminho no mundo da economia ao integras o Royal Economic Society e ser transferido para o setor de receita, estatística e comércio dentro do Departamento das Índias. Keynes se demite no ano seguinte e torna-se fellow no Kings College em Cambridge, o que lhe permite ensinar sem ter uma cátedra de professor.

No ano de 1919, publicou seu ponto de vista no livro " As Consequências Econômicas da Paz". Seu trabalho teve grande impacto político em praticamente todas as nações capitalistas. Durante os anos de 1920, as suas teorias econômicas analisaram a necessidade da interferência do Estado nos mercados instáveis do pós guerra.

Keynes teve uma vida brilhante e intensa. Ele acumulava funções que desempenhava, muitas vezes no mesmo dia, como especulador da Bolsa, colaborador de políticos no auge do poder, negociador internacional, jornalista, Professor na Universidade de Cambridge, autor e diretor de teatro e ainda agricultor.

Em 1932 Keynes redigiu seu "Tratado Sobre a Reforma Econômica". Sua última obra, talvez a mais importante, foi publicada em 1936, a "Teoria Geral do Emprego, do Juros e da Moeda".

Durante a Segunda Guerra Mundial, se incorporou ao Tesouro Britânico. Em 1944 chefiou a delegação britânica na conferência de Bretton Woods (responsável por definir o sistema Bretton Woods de gerenciamento econômico internacional, estabeleceram, em julho de 1944, as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo, que deu origem ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional).

Fundador da macroeconomia moderna, Keynes é considerado o maior economista do século XX. Suas teorias influenciaram a macroeconomia tanto na teoria quanto na prática. Ele sempre defendeu uma política econômica de Estado intervencionista, na qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para inibir períodos de crise financeira internacional, recessão ou depressão. Suas teorias serviram de base para a escola de pensamento conhecida como economia keynesiana.

A escola de pensamento econômico keynesiana tem suas origens na principal obra de Keynes, chamada "Teoria Geral do Emprego, Juros e Moeda". Ela se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é autoregulador como pensava os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "Espírito Animal" dos empresários. De acordo com a teoria é por esse motivo e pela ineficiência do sistema capitalista em empregar todos que querem trabalhar, que Keynes defendia a intervenção do Estado na economia. Muitos pensadores aderiram a essa escola, o que foi chamado de revolução keynesiana.

Na década de 1930, inciou uma revolução no pensamento econômico ao se opor a ideias econômicas neoclássicas que defendiam que os mercados livres ofereceriam automaticamente empregos aos trabalhadores contanto que eles fossem flexíveis em suas demandas salariais. Após a Segunda Guerra Mundial, suas ideias foram adotadas pelas principais potências econômicas do sistema. Durante as décadas de 1950 e 1960, o sucesso da economia keynesiana foi tão visível que quase todos os governos capitalistas seguiram as suas recomendações.

A influência de Keynes na política econômica declinou na década de 1970, parcialmente, como resultado de problemas que começaram a inflingir as economias norteamericanas e britânica no início da década e também devido às críticas de Milton Friedman e outros economistas neoliberais, pessimistas em relação à capacidade do Estado de regular o ciclo econômico com políticas fiscais. Entretanto, com a eclosão da crise econômica global do final da década de 2000 causou um ressurgimento do pensamento keynesiano, que forneceu a base teórica para os planos do presidente dos EUA Barack Obama, do Primeiro Ministro britânico Gordon Brown e de outros líderes mundiais para aliviar os efeitos da recessão.

Em 1999, a revista Time nomeu Keynes como uma das cem pessoas mais influentes do século XX dizendo que "sua ideia radical de que os governos devem gastar o dinheiro que não têm pode ter salvado o capitalismo". Keynes é amplamente considerado o pai da macroeconomia moderna e, de acordo com os comentaristas como John Sloman, ele é o economista mais influente do século XX.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Karl Marx

Especialistas afirmam que não dá para falar de Marx como se ele fosse uma só pessoa. Há duas faces no pensador que servem de base para várias formas de se ver a sociedade. A do economista que abriu os olhos da sociedade para falar de direitos trabalhistas e da concentração exagerada de renda e o impacto desses fatores na economia e desenvolvimento de um país. A outra é a do socialista revolucionário que se engajou no comunismo para derrubar a sociedade capitalista e contribuir com a libertação do proletariado moderno, como forma de dividir a renda.

Karl Marx nasceu em Trier, também conhecida como Tréveris, em 5 de maio de 1818, na época do Reino da Prússia. Foi o último de sete filhos. Sua mãe Henry Pressburg, era judia holandesa e seu pai, Herschet Marx, um advogado conselheiro de justiça. Herschet Marx descende de uma família de rabinos, mas se converteu ao cristianismo luterano em função das restrições impostas à presença de membros de etnia judaica no serviço público, quando Marx ainda tinha seis anos.

Iniciou seus estudos no Liceu Frederich Wilhelm, em 1830, período no qual ocorreram revoluções importantes em diversos países europeus. Mais tarde, ingressou na Universidade de Bonn para estudar Direito, mas sua paixão por filosofia o fez pedir transferência para a Universidade de Berlim, onde estudou Filosofia Hegeliana, e formou-se em Iena em 1841.

No ano seguinte assumiu a chefia da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos irritaram as autoridades. Em 1843, o Jornal foi fechado e Marx mudou-se para Paris, onde assumiu a direção da publicação dos Anais Germânico-Franceses, principal órgão dos hegelianos da esquerda.

Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, o começo de uma amizade que duraria a vida toda. Foi no ano seguinte expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto " O Manifesto do Partido Comunista", primeiro esboço da teoria revolucionária que mais tarde viria a ser chamada de marxista.

Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em Colônia, primeiro jornal diário francamente socialista.

Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso para Londres, onde fixou residência. Lá, dedicou-se a estudar com bastante ênfase aspectos econômicos e históricos, sendo frequentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte americanos sobre política exterior, mas ganhava muito pouco, o que o fazia viver em situação precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.

 Em 1864, Marx foi um dos fundadores da Associação Internacional, depois chamada de Primeira Internacional, assumindo papel importante na direção da entidade. Em 1867, publicou o primeiro volume da sua obra principal, "O Capital". Dentro da Primeira Internacional, Marx encontrou a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin e em 1872, no Congresso de Haia, a Associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875, do Partido Social Democrático Alemão, que foi, porém, proibido em seguida.

Não viveu o bastante para assistir às vitórias eleitorais desse partido e de outros agrupamentos socialistas na Europa. A morte da sua mulher em dezembro de 1881, deixou Marx muito deprimido, acentuando seus problemas de saúde que havia suportado por toda a vida como bronquite e pleurisia, que o levaram a morte em 14 de março de 1883. Foi enterrado na condição de apátrida no cemitério de Highgate, em Londres.

Em seu funeral, Engels declarou as seguintes palavras: "Marx era, antes de tudo, um revolucionário. Sua verdadeira missão na vida era contribuir, de um modo ou de outro, para a derrubada da sociedade capitalista e das instituições estatais por essa suscitadas e contribuir para a libertação do proletariado moderno. Ele foi o primeiro a se tornar consciente de sua posição e de suas necessidades, e das condições de sua emancipação. Marx foi o homem mais odiado e caluniado do seu tempo. Governos, tanto absolutistas quanto republicanos, deportaram-no dos seus territórios. Burgueses, quer conservadores ou ultra democráticos, porfiavam entre si ao lançar difamações contra ele. Morreu amado, reverenciado e pranteado por milhões de trabalhadores revolucionários  das minas da Sibéria até a Califórnia, de todas as partes da Europa e até a América.

Como ocorre com a maioria dos grandes pensadores, as ideias de Marx receberam pouca atenção dos estudiosos durante sua vida. Talvez o maior interesse tenha se verificado na Rússia, onde, em 1872, foi publicada a primeira tradução de "O Capital". Na Alemanha, sua teoria foi ignorada até 1879, quando um alemão estudioso da Economia Política, Adolf Wagner, comentou o trabalho de Marx ao longo de uma obra. A partir de então, os escritos de Marx começaram a atrair cada vez mais atenção.

Os primeiros anos após a morte de Marx, sua teoria obteve crescente influência intelectual e política sobre os movimentos operários (ao final do século XIX, o principal lócus do debate da teoria era o Partido Social Democrata Alemão) e em menor proporção sobre os círculos acadêmicos ligados às Ciências Humanas, notadamente na Universidade de Viena e na Universidade de Roma, primeiras instituições acadêmicas a oferecerem curso voltados para o estudo de Marx.                    

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Adam Smith

Olá alunos,
Hoje começarei uma série de postagens acerca dos três grandes autores da Economia Política: Adam Smith, Karl Marx e John Keynes. Essa série de postagens foi sugerida por uma aluna da P1, o que me faz destacar um substancial aumento da participação de vocês. Espero que aproveitem essas oportunidades pois elas são muito importantes e podem ser de bastante proveito para vocês quanto a matéria lecionada em classe.

Yuri Antunes Moreira
Monitor da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense.

Adam Smith era filho de um controlador alfandegário em Kirkcaldy, na Escócia. A data exata do seu nascimento é desconhecida, mas ele foi batizado em Kirkcaldy em 5 de Junho de 1723, tendo seu pai falecido seis meses antes.

O único episódio conhecido da infância de Smith é que aos quatros anos foi raptado por ciganos e, devido à intensa busca que foi organizada, abandonado por eles e recolhido a salvo.

Aos quinze anos, Smith matriculou-se na Universidade de Glasgow, onde estudou Filosofia Moral. Em 1740, entrou para Balliol College da Universidade de Oxford, mas, como disse William Robert Scott, "o Oxford desse tempo deu-lhe pouca ajuda (se é que deu) para o que viria a ser a sua obra" e acabou por abdicar da sua bolsa em 1746.

Retornando à Escócia após seis anos, Smith ficou à procura de emprego. É nessa ocasião que recebe apoio do filósofo e jurista Lord Henry Home Kames (1696-1782) um pensador mais bem conhecido pelo seu Element of Criticism, III Vol (1762), um trabalho notável na história da estética pela tentativa de igualar o belo ao que é agradável aos sentidos naturais da vista e da audição. Suas outras obras incluem temas que Smith certamente apreciava.

No ano de 1748 começou a dar aulas em Edimburgo. Começou com aulas de retórica e literatura e depois se dedicou à disciplina de "Progresso da opulência". No final dos anos 1740, expôs pela primeira vez a filosofia econômica do " Sistema simples e óbvio da liberdade natural" que ele viria a proclamar na sua consagrada obra " A Riqueza das Nações".

Por volta de 1750, conheceu o filósofo David Hume, que se tornou um dos seus mais próximos amigos.
Em 1751, Smith foi nomeado Professor de Lógica da Universidade de Glasgow. No ano seguinte lecionou Filosofia Moral. Nas suas aulas, abordava assuntos como ética, retórica, jurisprudência, política econômica e política de rendimento.

Em 1759, publicou uma de suas obras mais conhecidas, a "Teoria dos Sentimentos Morais", incorporando algumas de suas aulas de Glasgow que trata sobre a explicação da aprovação ou desaprovação moral. Smith baseia sua explicação, não como o terceiro Lord Shaftesbury e Hautchesom tinham feito num "sentido moral" nem como David Hume, com base num decisivo sentido de utilidade, mas sim na empatia.

A obra tornou-se conhecida, e em particular atraiu atenção de Charles Townshend, um político importante a quem interessava as questões canônicas, ele mesmo historicamente vinculado às medidas de taxação que provocaram a revolução americana. Townshend havia se casado recentemente e buscava um tutor para seu enteado e tutelado, jovem duque de Bucclough. A empenhada recomendação de Hume e sua própria admiração pelo autor de "A Teoria dos Sentimentos Morais", levaram-no a propor a função para Smith, com a oferta de um salário acima do que Smith ganhava na Universidade.

Nesse período, Smith passou a dar mais atenção à jurisprudência e à economia nas suas aulas e menos às suas teorias de moral. Essa idéia reforçada pelas notas tomadas por um de seus alunos por volta de 1763, mais tarde ditadas por Edwin Canan. Aulas de justiça, política, rendimento e armas, 1896, e pelo que Scott que o descobriu e publicou descreve em "Um esboço inicial de parte da Riqueza das Nações" ("An early draft of part of the Wealth of Nations"), datado de 1763.

De 1763 a 1766, viajou com o seu protegido, sobretudo pela França, onde veio a conhecer líderes intelectuais como Turgot, d'Alembert, André Morelet, Halvétius e, em particular, François Quesnay.
Nessa viagem, não só teve, também, contato com Voltaire, na Suíça, como com os fisiocratas franceses, os primeiros teóricos reais da economia e os primeiros a se denominarem "Économistes". Já estava familiarizado com as suas teses e Hume abrira-lhe as portas dos círculos letrados, praticando com o próprio Quesnay, Necker, Marmontel, e mesmo, Turgot.

Depois do assassinato do irmão nas ruas de Paris, o duque dispensou-o e concedeu-lhe uma pensão vitalícia para terminar sua obra máxima, assim, Smith voltou a Londres em 1776 e depois à sua aldeia, para redigir definitivamente " A Riqueza das Nações".

A primeira edição de "A Riqueza das Nações", data de 9 de março de 1776 que foi publicada em dois volumes. A página de rosto identifica Adam Smith como Legum Doctor (LLLD), fellow da Royal Scientifici Society (RRS) e professor de Filosofia Moral na Universidade de Glasgow.

O mundo de Adam Smith originou-se da expansão comercial das monarquias autocráticas do século XVI, que logo levou ao entrechoque de suas fronteiras e interesses. A essa altura, pode-se indicar como origem do parlamentarismo europeu a crescente resistência da burguesia em ascensão contra as taxas sempre maiores para a manutenção desses impérios, o privilégio comprado contra o hereditário, o parlamento como um amortecedor entre o interesse geral e o individual. Na América do Norte, onde as colônias não obtiveram representação no Parlamento Inglês, a situação culminou no que Smith chama de "atuais distúrbios": Riqueza das Nações teve sua edição última edição exatamente em 1776. Na França, uma situação mais grave culminaria na Revolução Francesa (conjunto de acontecimentos que, entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França) ainda nos dias de Adam Smith.

Naquele período, o ambiente intelectual era das academias e do incentivo dos monarcas às atividades artísticas.

A segunda edição surge no início de 1788, praticamente sem diferenças em relação à primeira. Nesse ano, também, recebeu um posto confortável como comissário da alfândega da Escócia e foi viver com a sua mãe em Edimburgo.

Ao fim de 1784, temos a terceira edição, que pode ser considerada a definitiva. Em 1786, finalmente é publicada a quarta edição, com o mesmo tipo e composição da terceira, com um "uma nota à quarta edição", onde diz não ter feito alterações de monta. Ao longo da vida de Smith, foram feitas cinco edições de sua obra, e a última é de 1789.

Faleceu na capital escocesa a 17 de julho de 1790, depois de uma dolorosa doença, aos 67 anos de idade.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Direito e Ideologia - Um estudo a partir da função social da propriedade

Olá Alunos,

Postarei aqui uma sugestão bibliográfica direta do Professor Gabriel Rached. Livro muito rico em conteúdo tanto para estudantes de Direito e Economia como para estudantes de quaisquer outras áreas. Espero que gostem.

Yuri Antunes Moreira

Monitor da Disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense.

A presente obra faz interessante estudo do direito como instrumento de manutenção da situação econômica e social vigente. Isso porque o Direito, embora por vezes portador de um discurso transformador - como é o caso do artigo 3o. e seus incisos, da Constituição Federal brasileira, que prevêem a construção de uma sociedade livre, justa, e solidária, bem como a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais, serve sim como instrumento para a manutenção do poder econômico pela elite brasileira.A importância e a distinção da presente obra estão na análise do Direito e das mobilizações sociais, sob a ótica da transformação da realidade, bem como no fato de conjugar a interpretação do Direito e da luta social, insistindo na máxima de que "a luta faz a lei".Este livro é leitura obrigatória para quem deseja utilizar o instrumento adquirido ao longo dos estudos nos bancos universitários em prol da luta dos camponeses brasileiros, bem como na defesa da interpretação constitucional da sua função social. A posse, conforme bem lembra o autor, na propriedade rural, só pode ser protegida quando cumprir os requisitos do artigo 186, da Constituição Federal.As lições aqui expostas, diga-se de passagem, com brilhantismo e profundidade, trazem luzes a este tema tão polêmico  tão apaixonante: a função social da terra e o Direito como ferramenta de luta para transformar a realidade.Juvelino Strozake 

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Dólar operando abaixo de R$2 e postulados básicos da política cambial

Olá Alunos,

A notícia de hoje nos trouxe um fato que ocorreu em 29 de Janeiro de 2013 quando a moeda americana operou abaixo de R$2,00. Acreditamos que essa notícia é bastante interessante uma vez que ela mostra alguns benefícios e malefícios da alta ou baixa do dólar.  Espero que vocês gostem e participem.

Yuri Antunes Moreira

Monitor da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense.

O dólar operou abaixo de R$2 nesta terça-feira (29), o que não acontecia desde o começo de julho do ano passado. Para especialistas do setor financeiro, o valor da moeda americana pode baixar ainda mais.

Para eles, é um sinal de que o Banco Central pode permitir um dólar mais barato, abaixo do "piso informal" de R$ 2 mantido ao longo dos últimos meses, para reduzir o custo de produtos importados e tentar conter a inflação.

"Nós achamos que o dólar possa cair até R$ 1,95 ou R$ 1,90, com o Banco Central planejando usar o câmbio para controlar as expectativas de inflação", escreveram analistas do Citibank em relatório.

O dólar deve cair até o patamar de R$ 1,90 nas próximas semanas ou meses, para o diretor da corretora de câmbio Treviso, Reginaldo Galhardo. "A partir de agora, o mercado vai começar a testar o BC, até que ele diga: 'neste valor está bom'."

Dois fatores que ajudam a derrubar o dólar

Galhardo avalia que pelo menos dois fatores podem ajudar nesse novo período de queda dos preços da moeda americana.

Primeiro, o fato de que muitas empresas estão planejando tomar dinheiro emprestado no exterior. Nos EUA e em outros países, as taxas de juros estão bastante baixas (perto de zero), e grandes companhias, com credibilidade junto a investidores internacionais, têm chances de aproveitar esse momento.

Ele também acredita que o Banco Central vai realizar novos leilões de venda de dólar para derrubar ainda mais os preços da moeda americana, até mesmo como uma forma de compensar o suposto aumento nos combustíveis, prometido pelo governo desde o final do ano passado.

Dólar barato ajuda a segurar a inflação; dólar caro favorece exportações

O preço do dólar influencia tanto a inflação quanto a balança comercial brasileira.

Muitos produtos comercializados no país possuem componentes importados. Portanto, quando o dólar está muito alto, esses produtos também encarecem, o que pressiona a inflação. Quando o dólar cai, os produtos importados ficam mais baratos, o que tira pressão sobre os índices de preços.

E nos níveis atuais, a inflação está preocupando o governo, com a ameaça de que, por mais um ano, o IPCA (o índice de preços oficial) fique muito próximo do valor máximo estabelecido para este ano (6,5%).
O IPCA-15 (a estimativa prévia da inflação oficial) apresentou uma taxa de 0,88% em janeiro deste ano, a maior variação para o início do ano desde 2003. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 6,02% por esse indicador.

Por outro lado, um dólar mais caro ajuda os exportadores a venderem mais para o exterior, porque conseguem baratear seus produtos: por exemplo, se a taxa de câmbio sobe de R$ 1 para R$ 2, o exportador pode reduzir o preço de um produto vendido no exterior (portanto, negociado em dólar), mas ainda receber uma quantia vantajosa em reais.

Em novembro, falando a uma plateia de empresários, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia afirmado que "o dólar acima de R$ 2 veio para ficar".

BC manteve dólar entre R$ 2 e R$ 2,10 no ano passado

Durante a maior parte do ano passado, o BC interveio no mercado cambial para impulsionar as cotações do dólar, beneficiando os exportadores, que têm a maior parte de seus custos em reais e receitas em moeda estrangeira.

Inicialmente, o Banco Central impôs ao mercado uma banda informal de R$ 2 a R$ 2,10 por dólar. No final do ano passado, quando as pressões inflacionárias aumentaram, no entanto, o  teto da banda foi reduzido para R$ 2,05.


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