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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Com o leilão, o governo consegue o que buscava: recursos



Olá alunos,

Hoje, faremos duas postagens a respeito do leilão do campo de Libra. Marcada por polêmicas e protestos contra sua realização, a licitação desse campo do pré-sal envolve questões como o levantamento de recursos para financiar a produção e a exploração de petróleo, bem como a destinação dos royalties. 
Esperamos que gostem e participem.

Juliana Padilha e Silvana Gomes
Monitoras da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense 

Com o leilão do campo de Libra na segunda-feira 21, o primeiro do pré-sal a ser licitado, o governo federal conseguiu garantir as fontes de recursos para financiar a exploração. Era uma questão determinante para viabilizar o projeto que demandará aproximadamente 50 bilhões de dólares de investimentos até a produção decolar. A presença obrigatória da Petrobras no consórcio garantiu a experiência técnica com o seu domínio da tecnologia de exploração em águas profundas. As demais empresas investidoras são a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as chinesas CNPC e CNOOC.
Com esse cenário, o governo comemorou o resultado da 1ª rodada de licitação do pré-sal, e a Agência Nacional de Petróleo (ANP) não sugere uma nova rodada dentro dos próximos três anos, por conta da magnitude do investimento e o volume de bens e serviços demandados. “Estamos falando de 12 a 18 plataformas para a exploração de Libra”, disse a diretora geral da ANP, Magda Chambriard.
O regime de exploração do pré-sal, de partilha, aumenta a parcela da receita da exploração das reservas que cabe ao setor público, comparativamente ao regime de concessões, em vigor nos poços do pós-sal. Quando a discussão foi levantada, em 2009, o poder público no Brasil, consideradas todas as esferas, ficava com cerca de 60% da renda proveniente do setor petrolífero, enquanto em grandes produtores, como a Nigéria, a Líbia e a Venezuela, esse percentual se aproximava de 90%. Com o leilão de Libra, a presidenta Dilma Rousseff anunciou que o Estado brasileiro ficará com 75% da renda a ser gerada. Na conta entram o bônus de assinatura do contrato com o consórcio, de 15 bilhões de reais, a serem pagos em novembro, royalties, impostos e os 41,65% do excedente de óleo.
Apesar do aumento do poder estatal, o leilão sofreu a oposição de movimentos sociais, a começar pelo sindicato dos trabalhadores da Petrobras, que defende que a estatal seja a operadora exclusiva do pré-sal, considerado um investimento com de retorno muito alto e garantido. O governo sustenta, porém, que não haveria espaço para a Petrobras tocar sozinha toda a exploração. Do bônus de 15 bilhões, 6 bilhões sairão do caixa da empresa, que ficou com 40% de participação no grupo. “O óleo da partilha é todo da União, e o risco do investimento é assumido pelo empreendedor. Acho que falta a população entender melhor o que é esse novo sistema”, diz Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), presente ao leilão no hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro.
Há empresas que reclamam do aumento da interferência do Estado sobre a atividade petrolífera. Críticos do modelo de partilha consideram a presença de uma empresa gestora estatal, a Pré-Sal Petróleo S.A, e a obrigatoriedade de participação da Petrobras no consórcio, responsáveis por afugentar investidores. Teria sido uma das razões para existir apenas um grupo participante.  Para a ANP, o que limitou a participação das empresas foi o porte do projeto. Segundo a diretora-geral da agência, Magda Chambriard, algumas das principais companhias do setor estão comprometidas com outros projetos, o que limitaria a sua capacidade financeira. “Se tivéssemos uma oferta de percentual maior de óleo excedente (além do mínimo de 41,65%), claro que seria bom, mas se os concorrentes tivessem a mesma qualidade. Com esse consórcio, estamos seguros”, disse Magda.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o governo está satisfeito com o resultado e não vê necessidade de mudar a lei. Tudo indica que o novo modelo para o pré-sal, apesar de polêmico desde o início, veio para ficar.

Lei destina royalties do petróleo brasileiro para saúde e educação



Depois de ampla discussão no Congresso Nacional, 100% dos royalties do petróleo serão destinados a investimentos em saúde e educação. De acordo com a lei, publicada nesta terça-feira (10/09) no Diário Oficial da União, 75% dos recursos irão para a educação e os 25% restantes, para a saúde.
A presidente Dilma Rousseff sancionou o projeto de lei dos royalties na véspera, sem vetos. O texto agora em vigor tinha sido aprovado em agosto pelo Congresso. Além de distribuir os recursos do petróleo para a educação e a saúde, a norma também prevê que 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados às duas áreas, respeitando a mesma proporção adotada para os royalties.
A estimativa do governo é de que, ainda este ano, R$ 770 milhões sejam repassados aos dois setores. Em 2022, o montante chegaria a R$ 19,96 bilhões e, em dez anos, alcançaria o patamar de R$ 112,25 bilhões.
Durante a cerimônia de sanção da lei, Dilma Rousseff e os ministros ressaltaram que esta foi uma iniciativa do Executivo, atendendo às demandas evidenciadas com as manifestações dos últimos meses. Durante seu discurso, Dilma classificou a medida como uma "questão de emancipação" que vai "atacar a desigualdade pela raiz."
Também presente na solenidade, Virginia Barros, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) avaliou a lei como "uma das maiores conquistas da educação brasileira".
Investimentos de longo prazo
Em seu discurso, Dilma Rousseff também destacou que o país precisa investir na indústria naval e na área de serviços ligados à exploração de petróleo. "Riqueza finita tem que ser transformada em algo perene", disse.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reforçou que "os royalties são para preparar o Brasil para o pós-petróleo. Preparar o país para viver sem a riqueza, que é uma riqueza não renovável. Por isso, precisamos de uma base sólida, e essa base é a educação", afirmou.
Alexandre Padilha, ministro da Saúde, avaliou que os novos recursos serão somados ao esforço do programa Mais Médicos, anunciado há dois meses, que tem como objetivo levar profissionais de saúde a regiões do país onde falta esse pessoal. "Sozinho [o Mais Médicos] não vai resolver todos os problemas de saúde que o país tem, mas foi o passo mais corajoso já dado por um presidente da República", disse.
O projeto vem sendo atacado por trazer médicos estrangeiros, principalmente cubanos, para trabalhar nos municípios do interior e na periferia das grandes cidades. Fazendo referência às críticas feitas pelas entidades de representantes dos médicos, Alexandre Padilha afirmou que "nenhum interesse pode estar acima do interesse da saúde de 200 milhões de brasileiros."
Qualidade na educação
Mercadante reconheceu que maiores investimentos em educação precisam vir acompanhados de valorização dos professores, além de melhorias na capacitação e nas condições de trabalho. "O desafio é continuar a inclusão e olhar para a qualidade. Temos muita coisa para fazer", admitiu o ministro, que também defendeu melhores salários e plano de carreira para os professores.
Dilma Rousseff também mencionou a necessidade de melhorar a qualidade dos serviços e citou outros projetos que estão em andamento. "Professores valorizados, educação de qualidade desde a pré-escola e ensino integral são algumas das demandas e desafios que teremos de enfrentar para mudar o futuro", disse.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Governo chancela a fusão da Oi com a PT


Olá alunos, 

Da fusão entre a Oi e a Portugal Telecom sairá uma gigante no setor de telecomunicações: a CorpCo. A expectativa é de que a operação não enfrente problemas no CADE e na Anatel, além de injetar investimentos na brasileira Oi.
Esperamos que gostem e participem.

Juliana Padilha e Silvana Gomes
Monitoras da disciplina "Economia Política e Direito"

O governo da presidente Dilma Rousseff chancelou a operação que permitiu a fusão entre a Oi e a Portugal Telecom, criando uma supertele no Brasil com capital externo. O negócio começou a ser discutido em sigilo há cerca de um ano e estava no radar do Planalto por causa da enorme dívida que a holding Telemar Participações tem com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A dívida da holding, que não possui ações em bolsa, é de R$ 3,3 bilhões, dos quais perto de R$ 2 bilhões são com o BNDES. Com a bênção do governo, a Portugal Telecom injetará R$ 4,5 bilhões na nova empresa, que servirão para quitar ou abater parte dos débitos.
Batizada de CorpCo, a supertele estará entre as maiores do mundo e, no governo, o comentário é que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovará a fusão. "Eu não vejo grandes problemas", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "Até onde eu vi, vai ser uma empresa binacional, com 100 milhões de usuários e atuação no Brasil, em Portugal e na África." Embora o governo tenha avalizado o negócio, a ordem de Dilma é para que ministros não se manifestem sobre o tema. "Não é assunto do governo", disse Bernardo.
Mesmo quando o Planalto acompanha as tratativas e o BNDES atua como "facilitador" nas negociações, auxiliares de Dilma dizem que o assunto é de interesse de empresa privada.
Supertele. A união entre a Oi e a Brasil Telecom foi sacramentada no governo Lula, sob o argumento que estava sendo criada uma supertele brasileira. Agora, porém, com a Oi em apuros, com uma dívida de R$ 29 bilhões, o governo incentivou a formação da multinacional.
"Para nós, competição é bom e ajuda o mercado. A briga entre as teles faz com que o consumidor acabe ganhando", afirmou Bernardo. O ministro admitiu que o BNDES e os fundos de pensão haviam sido consultados sobre eventual aumento de participação na Oi.
Ao deixar na quarta-feira, 2, uma audiência no Senado, Bernardo disse que a fusão da Oi com a Portugal Telecom representa a "consolidação de uma estratégia que já vinha se desenhando".
O acordo deve capitalizar a Oi e proporcionar à empresa grandes investimentos. Para Bernardo, não há constrangimento no fato de a supertele brasileira, defendida pelo ex-presidente Lula, ter agora se unido à companhia portuguesa. "A sede da nova empresa será no Brasil e a maioria do capital vai ser brasileiro."
No Cade, a fusão não deve enfrentar resistências porque a formação da companhia não altera a concentração no mercado brasileiro, uma vez que a Portugal Telecom já deixou há tempos a participação que tinha na Vivo, do grupo Telefonica.
Esse foi o argumento exposto por Alessandro Octaviani, conselheiro do Cade, em relatório apresentado no julgamento da compra de 22,4% da Oi pela Portugal Telecom, fechada em 2010. A operação foi julgada e aprovada por unanimidade, sem restrições, em 12 de dezembro do ano passado.
Octaviani considerou em seu voto que, no mercado de telefonia, ocorreria "tão somente uma substituição de agente econômico (a Portugal Telecom deixará a Vivo e passará a atuar pela Oi), de modo que não há, a princípio, qualquer preocupação de ordem concorrencial".
Na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a fusão também não será barrada. O negócio é visto com bons olhos por representar uma injeção de recursos na Oi, que precisava de capital para investimentos.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

GPEIA


Olá alunos, 

O GPEIA - Grupo de Pesquisa: Estado, Instituições e Análise Econômica do Direito -, iniciou suas atividades em Março de 2012. Sua linha de pesquisa tem por escopo investigar as interações entre o Estado, os agentes, e o arcabouço jurídico-institucional presentes em diversas relações jurídicas e econômicas, bem como a atuação do Estado e de seu aparato regulatório em relação a estas.

A partir de uma perspectiva interdisciplinar envolvendo, sobretudo, os campos da Economia e do Direito, o Grupo adota princípios desenvolvidos em duas linhas teóricas principais: o pensamento e arcabouço teórico da Nova Economia Institucional – NEI – e o enfoque e os princípios da Análise Econômica do Direito.

Nos dias 8 e 9 de outubro, o GPEIA realizará, no Salão Nobre da Faculdade de Direito, seu primeiro evento, o I Fórum sobre o Estado-Empresário e Regulação: Responsabilidades e Custos das Atuações Estatais. Esta será uma importante oportunidade para debater e discutir, junto a profissionais especializados no assunto, acerca de temas de pertinência e relevância nos dias de hoje, ou seja, questões relativas ao papel do Estado e seus mecanismos de atuação.

            Dessa forma, gostaríamos de convidar todos os discentes para o referido evento, cujas inscrições serão gratuitas e ocorrerão nos próprios dias da realização do evento, sendo conferidos certificados de participação para aqueles que obtiverem 75% de frequência.

           Contamos com a participação e com a contribuição de vocês!

Juliana Padilha e Silvana Gomes
Monitoras da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense