Olá
alunos,
O Brasil é conhecido por sua alta carga tributária. A postagem de hoje procura investigar se o retorno dos impostos, em forma de qualidade de vida para população, está se dando de maneira satisfatória.
O Brasil é conhecido por sua alta carga tributária. A postagem de hoje procura investigar se o retorno dos impostos, em forma de qualidade de vida para população, está se dando de maneira satisfatória.
Esperamos
que gostem e participem.
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
Pela
quita vez consecutiva, o Brasil é o país que proporciona o pior retorno de
valores arrecadados com tributos em qualidade de vida para a sua população.
A
conclusão consta de estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação)
que compara 30 países com maior carga tributária em relação ao PIB (Produto
Interno Bruto) e verifica se o que é arrecadado por essas nações volta aos
contribuintes em serviços de qualidade.
Estados
Unidos, Austrália e Coreia do Sul ocupam respectivamente as primeiras posições
do ranking. O Brasil está em 30º lugar, atrás da Argentina (24º) e do Uruguai
(13º), quando se analisa o retorno de tributos em qualidade de vida para a
sociedade.
Para
medir esse retorno, o instituto criou em 2009 o Irbes (Índice de Retorno de
Bem-Estar à Sociedade). No Brasil, ele é de 135,34 pontos; nos EUA, 165,78.
O
indicador de retorno é resultado da soma de dois outros parâmetros usados pelo
IBPT: a carga tributária em relação ao PIB (soma das riquezas de um país), com ponderação
de 15% na composição do índice, e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano),
calculado com base em dados sobre a educação, renda e saúde e que serve para
medir o grau de desenvolvimento econômico. Esse indicador tem peso de 85% na
composição do Irbes.
Para
a carga tributária, o estudo considera as informações da OCDE (Organização para
a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Os dados de IDH usados são da ONU
(Organização das Nações Unidas). Ambos são de 2012, último dado disponível.
No
Brasil, a carga fiscal em 2012 foi de 36,27%, segundo mostra o levantamento do
instituto, que atua no setor.
FISCO
A Receita
Federal informou que não comentaria o assunto. Para o Fisco, a carga tributária
do Brasil em 2012 foi de 35,85%. O resultado de 2013 ainda não foi divulgado.
Os
percentuais do IBPT e da Receita são diferentes porque o instituto considera no
cálculo os valores pagos com multas, juros e correção, contribuições e custas judiciais.
Para
o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, o estudo reforça e mostra a
necessidade de cobrar dos governos de todas as esferas -federal, estadual e
municipal- a melhor aplicação dos recursos pagos pelos
contribuintes.
“Os
brasileiros foram às ruas recentemente em protestos em que as faixas também
mostravam a insatisfação com a elevada carga tributária e o pouco retorno em
qualidade de vida”, diz.
RANKING
Na edição
anterior do levantamento, o Japão ocupava a quarta posição. Neste ano, passou
para sexta. Já a Bélgica estava em 25º lugar e passou para a 8º colocação.
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