Olá
alunos,
Em
meios a tantos ajustes que a população brasileira têm sofrido em relação à
Economia, a discussão sobre a taxação sobre grandes fortunas volta a tona nos
meios de debate. A postagem de hoje pretende analisar um pouco melhor o que
isso provocaria em nosso país.
Esperamos que
gostem e participem.
Joyce Borgatti
e Palloma Borges. Monitoras da Disciplina “Economia Política e Direito” da
Universidade Federal Fluminense.
O governo deve enviar ao Congresso um projeto que aumenta as alíquotas do
imposto sobre heranças após a votação do ajuste fiscal. A informação foi
publicada nesta segunda-feira 22 pelo jornal Valor Econômico,
segundo o qual o projeto é defendido pelos ministros Aloizio Mercadante (Casa
Civil) e Nelson Barbosa (Planejamento), mas contestado por Joaquim Levy
(Fazenda).
Previsto na Constituição, o imposto sobre heranças é
cobrado pelos estados e tem, atualmente, uma alíquota média de 3,86%. É um índice bem abaixo
do praticado por outros países que, como o Brasil, não taxam a renda e a
riqueza de forma intensa. A Suíça, por exemplo, tem uma taxa de 25%, enquanto
nos Estados Unidos ela é de 29% e, na Inglaterra, de 40%. Países com tributos
elevados sobre a renda, patrimônio e riqueza, como Austrália, Canadá, Noruega e
Suécia, não cobram imposto sobre herança.
A intenção do governo é mudar essa realidade, como
forma de ampliar a arrecadação, mas também de acenar para setores progressistas
e aumentar a contribuição do chamado "andar de cima" sem regulamentar
o imposto sobre grandes fortunas, também previsto
na Constituição. Para isso, como mostrou Carta Capital, a ideia é obter o apoio de prefeitos e governadores para o novo imposto
sobre heranças, cuja arrecadação ficaria, na maior parte, com os
estados e os municípios. Com o tributo elevado, mesmo ficando com uma parte do
imposto, a parcela seria maior que a totalidade recebida hoje.
Segundo o Valor, a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) elaborada pelo governo trará faixas de isenção, casos de não
incidência e limites mínimos e máximos para o imposto. Um dos cenários prevê
alíquota mínima de 20%, o que elevaria a arrecadação anual do imposto dos
atuais 4,5 bilhões de reais para 25 bilhões de reais. Atualmente, a taxa máxima
possível no Brasil é de 8%, praticada em apenas três estados: Bahia, Ceará e
Santa Catarina.
A nova PEC só deve ser mandada ao Congresso após a
conclusão da votação do ajuste fiscal, prioridade do governo. O último projeto
do ajuste é o que diminui a desoneração da folha de pagamentos. Ele está
na pauta da Câmara para esta semana, mas a tendência é que sua análise seja
adiada.
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