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domingo, 8 de junho de 2014

Confiança voltará depois das eleições, diz Dilma à indústria





Olá alunos,

A produção nacional desacelerou no primeiro trimestre deste ano, registrando crescimento de apenas 0,2%. A postagem de hoje expõe os possíveis fatores causadores dessa redução.

Esperamos que gostem e participem.

Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense

Em suas recentes reuniões com empresários da indústria, a presidente Dilma Rousseff admitiu que o pais vive um “problema seríssimo de expectativa”, que está afetando o crescimento econômico.

“Enquanto esse problema não passar, fica muito difícil o processo”, disse Dilma, ao defender o país e seu governo das criticas de perda de credibilidade entre investidores internacionais.

Ela pediu que o empresariado confie em uma mudança de clima “quando novembro chegar” após a eleição. E fez questão de dizer que esta fazendo a sua parte, mas que nem sempre é fácil lidar com expectativas negativas.

“Nós fizemos o possível e o impossível”, afirmou, citando como exemplo de ação para estimular o crescimento os financiamentos com juros subsidiados do BNDS.

“Podem falar à vontade que é ruim ficar subsidiando o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), porque vamos subsidiar, sim”, afirmou, respondendo a críticas dos tucanos.

Em resposta a uma pergunta do empresário João Dória, Dilma atribuiu a expectativa ruim na economia ao período eleitoral: “Na minha época, tinha um filme “Quando Setembro Vier”. Eu acho que (vai melhorar) quando novembro vier, após a eleição vai mudar a expectativa”.

A avaliação da presidente foi feita na semana em que o IBGE divulgou, na sexta (30), que a produção nacional desacelerou no primeiro trimestre deste ano, registrando crescimento de apenas 0,2%, o que leva o próprio governo a estimar alta do PIB abaixo de 2% em 2014.

Na sexta, o ministro Guido Mantega (Fazenda) admitiu que uma das causas do crescimento fraco foi a inflação, que esta perto do teto da meta (de 6,5% ao ano), o que tem servido de munição para a oposição. Nas reuniões com empresários, por sinal, Dilma reclamou desse tipo de crítica.

“Falam que a inflação do governo da presidente Dilma está quase descontrolada. Então, vamos ver os números. Nos três primeiros anos do FHC estava acima de 12%. Nos três primeiros anos do Lula, quando a situação era dificílima, chegamos a 7,52%. Nos meus três anos esta em 6,08%. Não há hipótese nenhuma de sair de controle”.

Em suas reuniões, ela tem reclamado do tom pessimista dos empresários, utilizando em sua defesa os cenários de crise traçados para o país no início do ano e que, segundo ela, não se concretizaram.

“A tempestade perfeita foi cancelada em prosa e verso”, disse, em referência à expressão cunhada pelo ex-ministro Delfim Netto, para advertir que o Brasil poderia entrar em crise quando os EUA começassem a retirar os estímulos monetários.

“O Brasil ia quebrar, teríamos uma crise monstruosa, a credibilidade do país ia se esvair. O Brasil quebrou?”, perguntou aos presentes. Respondeu ela própria que um país que recebe US$ 65 bilhões de investimentos estrangeiros diretos e tem US$378 bilhões de reservas, “a quinta maior do mundo”, “não é frágil”.

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