Olá alunos,
A produção nacional desacelerou no primeiro trimestre deste ano, registrando crescimento de apenas 0,2%. A postagem de hoje expõe os possíveis fatores causadores dessa redução.
A produção nacional desacelerou no primeiro trimestre deste ano, registrando crescimento de apenas 0,2%. A postagem de hoje expõe os possíveis fatores causadores dessa redução.
Esperamos que gostem e participem.
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
Em suas recentes reuniões com empresários da indústria, a
presidente Dilma Rousseff admitiu que o pais vive um “problema seríssimo de
expectativa”, que está afetando o crescimento econômico.
“Enquanto esse problema não passar, fica muito difícil o
processo”, disse Dilma, ao defender o país e seu governo das criticas de perda
de credibilidade entre investidores internacionais.
Ela pediu que o empresariado confie em uma mudança de clima “quando
novembro chegar” após a eleição. E fez questão de dizer que esta fazendo a sua
parte, mas que nem sempre é fácil lidar com expectativas negativas.
“Nós fizemos o possível e o impossível”, afirmou, citando
como exemplo de ação para estimular o crescimento os financiamentos com juros
subsidiados do BNDS.
“Podem falar à vontade que é ruim ficar subsidiando o PSI
(Programa de Sustentação do Investimento), porque vamos subsidiar, sim”,
afirmou, respondendo a críticas dos tucanos.
Em resposta a uma pergunta do empresário João Dória, Dilma atribuiu
a expectativa ruim na economia ao período eleitoral: “Na minha época, tinha um
filme “Quando Setembro Vier”. Eu acho que (vai melhorar) quando novembro vier,
após a eleição vai mudar a expectativa”.
A avaliação da presidente foi feita na semana em que o IBGE
divulgou, na sexta (30), que a produção nacional desacelerou no primeiro
trimestre deste ano, registrando crescimento de apenas 0,2%, o que leva o
próprio governo a estimar alta do PIB abaixo de 2% em 2014.
Na sexta, o ministro Guido Mantega (Fazenda) admitiu que uma
das causas do crescimento fraco foi a inflação, que esta perto do teto da meta
(de 6,5% ao ano), o que tem servido de munição para a oposição. Nas reuniões
com empresários, por sinal, Dilma reclamou desse tipo de crítica.
“Falam que a inflação do governo da presidente Dilma está
quase descontrolada. Então, vamos ver os números. Nos três primeiros anos do
FHC estava acima de 12%. Nos três primeiros anos do Lula, quando a situação era
dificílima, chegamos a 7,52%. Nos meus três anos esta em 6,08%. Não há hipótese
nenhuma de sair de controle”.
Em suas reuniões, ela tem reclamado do tom pessimista dos
empresários, utilizando em sua defesa os cenários de crise traçados para o país
no início do ano e que, segundo ela, não se concretizaram.
“A tempestade perfeita foi cancelada em prosa e verso”,
disse, em referência à expressão cunhada pelo ex-ministro Delfim Netto, para
advertir que o Brasil poderia entrar em crise quando os EUA começassem a
retirar os estímulos monetários.
“O Brasil ia quebrar, teríamos uma crise monstruosa, a
credibilidade do país ia se esvair. O Brasil quebrou?”, perguntou aos
presentes. Respondeu ela própria que um país que recebe US$ 65 bilhões de
investimentos estrangeiros diretos e tem US$378 bilhões de reservas, “a quinta
maior do mundo”, “não é frágil”.
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