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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Mercado já percebia Brasil como "subgrau de investimento", diz Tombini.



Olá alunos,

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em entrevista nos alertou que o Brasil deve “fazer seu dever de casa” e retomar o crescimento e o desenvolvimento que tinha antes. A notícia de hoje pretende nos mostrar melhor suas opiniões.

Gostaríamos de agradecer aos alunos da disciplina “Economia Política e Direito” da Universidade Federal Fluminense, Josiane Tavares, Bárbara da Conceição Borges Soares, Letícia Sardinha Gaspar, Kathleen Miranda, Rodrigo Lopes da Rocha, Alice Gaspar Barbosa e Lucas Gusmão da Silva Pacheco, pela indicação da notícia.

Esperamos que gostem e participem.
Joyce Borgatti e Palloma Borges.
Monitoras da disciplina “Economia Política e Direito” da Universidade Federal Fluminense.

A reclassificação da nota do Brasil pela agência Fitch mostra que “temos que fazer nosso dever de casa, completar o ajuste macroeconômico e retomar o crescimento”, disse o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, durante café da manhã com jornalistas. 

Segundo ele, a percepção do mercado já era “subgrau” de investimento. Para Tombini, a “lição de casa” que precisa ser feita passa pela consolidação fiscal e uma métrica é a relação dívida sobre Produto Interno Bruto (PIB) em estabilidade, com tendência declinante à frente. Do lado do BC, Tombini disse que a autoridade monetária tem que produzir a desinflação de 2015 para 2016 e levar o IPCA à meta em 2017 para proteger a renda do trabalhador e alongar o horizonte de planejamento de empresas e famílias. Sobre o impacto da reclassificação de risco sobre os fluxos de capital, Tombini disse que não há um grande efeito.

Ele lembrou que a previsão de Investimento Direto no País (IDP) é de US$ 65 bilhões e que ela não muda em função da alteração de rating. Olhando os fluxos líqui dos de capitais, há uma entrada de US$ 9 bilhões a US$ 10 bilhões, “o que é uma boa notícia nas atuais circunstâncias”, disse. "As coisas não acontecem da noite para o dia”, sustentou o presidente do BC.

Ele observou que já havia um sentimento de perda do grau de investimento e ocorreu agora. Estamos monitorando, temos as nossas equipes vendo isso, acompanhando em tempo real a evolução dos fluxos e o primeiro impacto tem sido recebido com grande tranquilidade”, afirmou.

Ele também avaliou como positiva e tranquila a recepção pelo mercado do aumento do juro pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), recordando que esse foi o evento mais esperado de todos os tempos em termos de política monetária e que, ao longo dos últimos anos, em seus contatos com o Fed e outras autoridades monetárias, passava a visão de que esse teria de ser um processo cauteloso e sem surpresas.


“Veio dessa forma e, em um primeiro momento, os mercados entenderam a mensagem de que será um ajuste gradual e cauteloso, o que ajuda na absorção dessa importante mudança”, disse.

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