Olá alunos,
O Bolsa Família, um dos programas mais importantes do governo brasileiro é alvo de muitas críticas. Apesar de já ter comprovado eficácia em vários âmbitos, ainda assim, o maior
programa de distribuição de renda do mundo é alvo de preconceito e
desinformação.
A postagem de hoje visa trazer esclarecimentos sobre o
mesmo, reforçando uma reflexão sobre sua importância para a população
brasileira.
Esperamos que gostem e participem.
Joyce Borgatti e Palloma Borges
Monitoras da disciplina “Economia Política e Direito” da Universidade Federal Fluminense.
Quem está
desde as eleições sem conversar com aquele cunhado que "não quer trabalhar
para sustentar o Bolsa Família" ou com a tia que deseja cancelar o direito
de voto dos beneficiários do programa pode retomar o contato com os parentes para
continuar a discussão política. Novos dados estatísticos comprovam que é
mentira a "tese" segundo a qual os mais pobres têm mais filhos para
receber mais dinheiro do governo federal.
A prova está
em uma pesquisa feita
pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS),
responsável pelo Bolsa Família, com base nos dados de 2003 a 2013 da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O estudo, divulgado na sexta-feira 27, mostrou que, nesse
período de dez anos, o número de
filhos por família no Brasil caiu 10,7%, sendo que entre os 20% mais pobres a
queda registrada no mesmo período foi 15,7%. A maior redução foi identificada
entre os 20% mais pobres que vivem na região Nordeste: 26,4%.
O
levantamento mostrou que, em 2003, a média de filhos por família no Brasil era
1,78. Em 2013, o número passou para 1,59. Entre os 20% mais pobres, as médias
registradas foram 2,55 e 2,15, respectivamente. Entre os 20% mais pobres do
Nordeste, os números passaram de 2,73 para 2,01.
A intenção do
MDS com a divulgação dos dados foi justamente combater o mito criado a cerca do
programa. "Mesmo a redução no número de filhos por família sendo um
fenômeno bastante consolidado no Brasil, as pessoas continuam falando que o
número de filhos dos pobres é muito grande. De onde vem essa informação? Não
vem de lugar nenhum porque não é informação, é puro preconceito”, disse a
ministra Tereza Campello.
O maior
benefício pago pelo Bolsa Família é de 77 reais, direcionado apenas a famílias extremamente pobres,
com renda mensal por pessoa menor do que 77 reais. Os benefícios variáveis são
de 35 reais para filhos de até 15 anos, gestantes ou nutrizes, limitados a
cinco por família. Há também o benefício vinculado aos adolescentes de 16 e 17
anos, de 42 reais, limitados a dois por família.
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