Olá alunos,
Na contramão do baixo desempenho experimentado pelas maiores economias do mundo, a África surpreende com bons índices de crescimento, como é o caso da Etiópia, cujo PIB deve apresentar uma alta de 6,5% nesse ano.
Esperamos que gostem e participem.
Lucas Dadalto e Silvana Gomes
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
Enquanto
a crise assola a Europa, abala os Estados Unidos e transborda no Brasil, a
África cresce - e quer crescer ainda mais. Se em 1963, quando foi criada em
plena Guerra Fria a Organização da Unidade Africana (OUA), falava-se em
libertar a região dos vestígios do imperialismo europeu e promover a integração
continental, hoje, o foco da agora intitulada União Africana é disseminar
políticas de desenvolvimento na região, substituir corrupção por boas formas de
governança e garantir o bem-estar dos africanos.
O
continente encara o desafio de se livrar de mazelas não superadas, como fome,
guerras, aids, e não deixar que esse progresso fique à margem da população.
"Nós
consideramos que há um renascimento africano nos últimos anos, até na última
década. Esse renascimento africano é responsável por taxas expressivas de
crescimento na África, com avaliações do Fundo Monetário Internacional (FMI)
mostrando que entre os países que mais vão crescer estão os países
africanos", comentou a presidente Dilma Rousseff no sábado, durante
entrevista em Adis Abeba, capital da Etiópia, nas celebrações dos 50 anos da
União Africana.
O
Brasil deu um fôlego para a economia de 12 países africanos no fim de semana,
ao perdoar US$ 879 milhões em dívidas. Receberam o perdão, Costa do Marfim,
Gabão, República da Guiné, Guiné Bissau, Mauritânia, República Democrática do
Congo, República do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão, Tanzânia e
Zâmbia.
Sediada
na capital etíope, a união se localiza em um suntuoso prédio de US$ 200 milhões
- bancado integralmente pelo governo chinês -, que deverá ter em breve por um
hotel de luxo para abrigar as delegações estrangeiras. É mais uma imagem das
mudanças na Etiópia, um dos países que mais crescem no mundo. O FMI prevê uma
alta de 6,5% no PIB neste ano, e mais 6,5% no próximo.
Ligação
direta. No país, há edifícios brotando a cada esquina, técnicas agrícolas mais
avançadas sendo aplicadas, poeira por todos os lados e contrastes sociais ainda
acentuados. A Ethiopian Airlines, cujo slogan é "O novo espírito da
África", fará, a partir de julho, voos ligando a capital etíope a São
Paulo e Rio de Janeiro.
"A
criação da União Africana em 2002 foi um marco importante, pois significa que o
continente soube dar uma nova cara e estrutura pro órgão continental. O foco
passou a ser o desenvolvimento e o crescimento econômico, infraestrutura, luta
contra a pobreza", avaliou o ministro Nedilson Ricardo Jorge, diretor do
Departamento África do Ministério das Relações Exteriores. "A UA também
tem tido um papel importante na defesa da ordem constitucional, com uma
política bastante rigorosa de tolerância zero com golpes de Estado."
Muitos
votos. Para o Brasil, o continente foi estratégico na eleição do embaixador
Roberto Azevêdo para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Nas contas do Itamaraty, Azevêdo obteve apoio de 43 países africanos, de um
total de 50 votos possíveis na região - adesão proporcionalmente maior que a
dos latino-americanos.
Não
à toa, Azevêdo acompanhou Dilma na viagem pela Etiópia.
As
oportunidades de negócio na região são cada vez mais aproveitadas por empresas
brasileiras. Na Tanzânia, por exemplo, já estão presentes Odebrecht, Queiroz
Galvão, Marcopolo, Astra e Green Best Solutions, e outras como a AGN
Bioenergia, Ipiranga Lubrificantes e Embraer já estiveram lá buscando
oportunidades de negócios.
"A
consolidação da democracia em dezenas de países e a redução dos conflitos são
fatores que já vêm impulsionando o crescimento africano nos últimos dez anos.
Outros são a melhoria das condições macroeconômicas, o boom das commodities, a
melhoria do ambiente de negócios e o fortalecimento do setor privado e da
classe média, e o dividendo demográfico, acompanhado de um processo de
urbanização", afirmou ao Estado o embaixador do Brasil na
Tanzânia, Francisco Luz.
Cada observador observa uma mesma verdade. A verdade pode ser observada de diversos ângulos. Por isso, cada observador consegue enxergar apenas uma parte da verdade.
ResponderExcluirEssa mesma notícia, sob um diferente ângulo:
Dilma perdoou dívida de países africanos de olho em 2014
Na comemoração dos cinquenta anos da fudação da União Africana, realizada na semana passada na Etiópia, a presidente Dilma Rousseff deu aos anfitriões um presentão de 840 milhões de dólares. O valor equivale ao total da dívida que doze países do continente haviam contraído com o Brasil e que a partir de agora não terão mais de se preocupar em pagar. O governo brasileiro os perdoou.
Foi o pragmatismo eleitoral, mais do que a solidariedade aos povos sofredores, que orientou a decisão da presidente Dilma de perdoar a dívida dos países africanos. A questão é que empreiteiras, mineradoras e produtoras agrícolas que querem atuar nesses países com financiamento do BNDES (o órgão acaba de aprovar a criação de um escritório de representação na África do Sul). Ocorre que a legislação impede a concessão de benefícios a nações com dívidas atrasadas junto ao Brasil. Ao abrir mão da cobrança dos débitos, medida que ainda precisa ser aprovada pelo Senado, o governo pretende remover essa barreira – e deixar o caminho livre para as empresas amigas.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dilma-perdoou-divida-de-paises-africanos-de-olho-em-2014/
DAVID LEONARDO ALVES DA SILVA
Estudante do 1º período - Direito - UFF
Caros,
ResponderExcluirInteressante vocês estarem olhando para a Africa como uma nova alternativa (e talvez a mais promissora no longo prazo) de oportunidades.
Sou sócio de uma das empresas mencionadas na matéria e posso afirmar que a Africa (pelo menos os países que tenho focado junto com o meu time) é um celeiro de oportunidades.
Abraços,
Jonathan Bittencourt