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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Manifestações: Rio e São Paulo cedem e reduzem tarifa do transporte


Olá alunos, 

Diante da onda de manifestações clamando pela redução da tarifa do transporte, os prefeitos do Rio de Janeiro e de São Paulo, além de outros Brasil afora, viram-se obrigados a atender a demanda popular.
Esperamos que gostem e participem.

Lucas Dadalto e Silvana Gomes
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense 


Pressionados pelos maiores protestos em duas décadas no Brasil, as prefeituras de Rio de Janeiro e São Paulo cederam e anunciaram, nesta quarta-feira (19/06), a revogação do aumento das tarifas de transporte público nas cidades.

Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin comunicaram que as passagens de trem, metrô e ônibus passarão, a partir de segunda-feira, dos atuais 3,20 para 3 reais. No Rio, como anunciou o prefeito Eduardo Paes, a redução será nas tarifas de ônibus – de 2,95 para 2,75 reais. Em nota, o governo estadual do Rio informou que metrôs, trens e barcas também serão reduzidas.

“Vamos revogar o reajuste dado, voltando à tarifa antiga”, anunciou Alckmin, em entrevista coletiva. “Será um sacrifício grande. Temos que cortar investimentos já que as empresas não podem arcar com os custos. Mas entendo que é importante.”

O anúncio ocorre um dia após a sexta manifestação em São Paulo, uma das mais violentas. O ato reuniu milhares de pessoas e concentrou-se em frente ao prédio da prefeitura, que sofreu tentativa de invasão. Na manhã desta quarta, houve mais três novos protestos na cidade, mas de menores proporções.

No Rio de Janeiro, o maior protesto foi na segunda-feira passada. Na ocasião, policiais entraram em confronto com um grupo de cerca de 300 manifestantes, após a invasão da Assembleia Legislativa. Na entrevista coletiva desta quarta-feira, Paes criticou o episódio.
“São pessoas que não sabem viver em um ambiente democrático e de respeito”, afirmou o prefeito do Rio.

O maior protesto desta quarta-feira foi em Fortaleza, nos arredores do estádio Castelão, que recebeu a partida entre Brasil e México pela Copa das Confederações. Cerca de 30 mil pessoas tentaram marchar em direção ao estádio e furaram um bloqueio armado pela polícia, que respondeu com bombas de efeito moral. Alguns manifestantes revidaram com pedras.


2 comentários:

  1. Muito do que o Gabriel comentou em sala, quanto à importância que a Economia tem em todos os campos da sociedade, acaba de se comprovar. Por mais que não fosse "apenas por 20 centavos", o aumento nas tarifas do transporte é reconhecido como o estopim das manifestações. E foi assim que o país parece ter entrado em uma espécie de "epifania lispectoriana", mostrando sua insatisfação política. Insatisfação essa, correntemente relacionada ao aspecto econômico da vida (desvio de verbas, gestão distributiva ineficiente, abusos fiscais, etc.)Entretanto, há muito a ser discutido. A maturidade política brasileira mostra ainda estar em desenvolvimento. A inversão de valores e de funções no chamado estabelecimento da "ordem", comprovam isso. A esperança é que esse desenvolvimento resulte em evolução ("progresso") e não em retrocesso.

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  2. Vou compartilhar com vocês um trecho de texto de um autor que eu admiro muito, Dr. Flavio Gikovate:

    Previsão de Futuro: Os Domínios da Mente (Livro da Profecia. O Brasil no terceiro milênio)

    Até aí o discurso parece o de um homem de bem sonhando com um mundo melhor, que poderá ou não ocorrer. O que me faz fascinado é que acredito que isto irá acontecer mesmo que não seja este o desejo daqueles que nos governam; e mais, irá acontecer independente da vontade dos nossos intelectuais e pensadores. Acontecerá em virtude das alterações nos processos econômicos mundiais e será simultâneo, pois se dará ao mesmo tempo de todos os cantos do planeta. Acontecerá não por vontade dos humanistas e sim por causa dos desígnios das novas leis da economia.

    A “globalização” que estamos assistindo é processo irreversível. A competição entre empresas, países, modos de produção tenderá para crescer cada vez mais. O que acontecerá dentro das empresas? Elas terão que desenvolver um sistema de convívio interno extremamente competente e cooperativo para que possam se tornar competitivas em relação à concorrência.

    As empresas terão que ser como times de futebol — ou de qualquer outro esporte — onde o interesse coletivo terá que prevalecer sobre os óbvios e fortes interesses individuais. As pessoas finalmente compreenderão que o seu sucesso depende mais do que tudo do sucesso do grupo. Com isto surgirá, por necessidade e não por ideologia ou convicção, a prazerosa sensação de solidariedade e cooperação. Serão sentimentos que tenderão a se estabelecer porque são muito agradáveis. As empresas demitirão aqueles que não se integrarem neste sistema cooperativo capaz de promover a máxima produtividade e fazer delas vitoriosas nas crescentes competições do mercado internacional. Os egoístas terão que se reformar sob pena de ficarem sem trabalho. Os generosos não poderão mais exercer suas peculiaridades porque não existirão pessoas diferentes deles no ambiente de trabalho.

    Aos poucos, e sem que nos apercebamos, todos teremos nos tornado pessoas justas. E isto acontecerá pelo caminho mais inesperado, qual seja, o do estabelecimento de um modo de vida de tal forma competitivo — derivado das novas regras da economia mundial — que não poderemos mais sustentar a antiga divisão entre generosos e egoístas.

    http://flaviogikovate.com.br/os-dominios-da-mente/

    DAVID LEONARDO ALVES DA SILVA
    Estudante do 1º período - Direito - UFF

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