Olá alunos,
Em 2013 o PIB do Brasil deu um salto a frente do de 2012. A postagem de hoje destaca o importante papel que os investimentos tiveram nesse processo.
Esperamos
que gostem e participem.
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
O
PIB do país deu um salto a frente a 2012 graças ao investimento, que se
recuperou e cresceu 6,3% em 2013, após uma queda de 4% em 2012.
Em
2013, o Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 2,3%, segundo dados divulgados
nesta quinta-feira pelo IBGE.
Esse
resultado foi puxado pelo desempenho de 0,7% no quarto trimestre, acima do
esperado pelos analistas.
O
investimento avançou na esteira da maior produção de máquinas, equipamentos e
caminhões e dos financiamentos e programas à habitação que alavancaram a
construção civil, além do aumento das importações de máquinas, segundo Rebeca
Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE.
Diante
desses fatores, os investimentos contribuíram com 1,3 ponto percentual para o
avanço do PIB sob a ótica da demanda, com participação superior a 60%.
Apesar de serem o destaque no ano, os investimentos já mostraram uma perda de ritmo no último trimestre, com alta de apenas 0,3% frente ao terceiro trimestre - numa velocidade inferior à expansão de 0,7% do PIB.
O consumo
das famílias desacelerou em 2013 e cresceu 2,3% na mesma taxa do PIB, algo
incomum nos últimos anos, quando o foco do governo era estimular a economia a
partir de medidas para incrementar o consumo, como a desoneração de tributos.
Em 2012, o PIB havia crescido menos – apenas 1%.
Pela
ótica da oferta, a indústria cresceu 1,3% em 2013. Os serviços avançaram 2% no
ano passado e a agropecuária – de menor peso – teve o melhor resultado desde
1996, com uma alta de 7%, embalada pela safra recorde de grãos.
Para
Palis, os investimentos cresceram sob impacto de programas de crédito
direcionado à habitação e financiamentos a juros especiais (inclusive menores
do que a inflação) do BNDES para a compra de máquinas, equipamentos e
caminhões.
“O
investimento foi o que fez o PIB mudar de rumo em 2013”, disse Palis.
Com
o maior dinamismo em 2013 dos investimentos, a taxa de investimento na economia
brasileira subiu e bateu em 18,4% do valor do PIB – o percentual havia sido de
18,2%.
Já a taxa de poupança ficou em 13,9%, menor do que os 14,6% de 2012, segundo o IBGE. Um dos motivos é que o país ampliou seu déficit corrente e sua necessidade de se financiar com recursos do exterior subiu de R$ 130,7 bilhões em 2012 para R$ 195,5 bilhões em 2013 em decorrência da piora do saldo da balança comercial, segundo Palis.
Perspectivas
O
resultado do PIB no quarto trimestre, de 0,7, ficou acima do esperado pelos analistas,
que previam avanço entre 0,3% e 0,5%. As exportações de bens e serviços foram
destaque no período, com alta de 4,1%, seguido de serviços (0,7%).
A
previsão para este ano, contudo, é de uma desaceleração na economia diante do
ritmo mais fraco do emprego e do rendimento, inflação elevada, crédito restrito
e a fragilidade na confiança dos empresários e consumidores. As projeções dos
analistas sugerem um crescimento de 1,7%.
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