Olá Alunos,
A notícia de hoje diz respeito a mudança no paradigma da concentração do poder oligárquico por algumas potências mundiais no que diz respeito ao comércio internacional, e como a China coloca-se de maneira influente em partes do globo que potências ocidentais relegaram para segundo plano.
A notícia de hoje diz respeito a mudança no paradigma da concentração do poder oligárquico por algumas potências mundiais no que diz respeito ao comércio internacional, e como a China coloca-se de maneira influente em partes do globo que potências ocidentais relegaram para segundo plano.
Nathália Marques e Lucas Thomaz - Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense.
Os presentes chegaram à conclusão de que, em meio à desaceleração dos ritmos de crescimento no mundo, bem como devido à mudança de equilíbrio de poderes no comércio internacional, os países africanos têm que apostar na China e na sua moeda.
Por sua vez, os países africanos reagiram ao crescimento da presença chinesa na economia da região. Em 2016, de acordo com os dados da SWIFT, o volume de pagamentos expressos em yuan no Sul de África cresceu 65%.
Com a inclusão da moeda chinesa na cesta de Direitos Especiais de Saque (DES, na sigla em inglês), a maior parte dos países africanos transferiu uma parte de suas reservas financeiras para yuanes. Alguns países, como por exemplo, o Zimbabwe e Angola, reconheceram o yuan como o meio de pagamento legítimo.
Além disso, segundo Liu Ying, o yuan é uma moeda mais segura do que o dólar.
"Em meio ao crescimento de juros e ao efeito do programa de normalização do balanço do Sistema de Reserva Federal dos EUA, a fuga de dólares se torna uma situação inevitável. Agora, em vários países africanos é registrado um défice de dólares. Sendo assim, optar-se pelo yuan é uma medida lógica e oportuna para a África. O yuan é uma moeda muito estável, capaz de assegurar apoio e segurança quer nos pagamentos comerciais, quer nos investimentos financeiros ou na criação de reservas", destacou o professor.
Entretanto, o analista não vê uma grande ameaça deste processo para a economia.
"Acredito que o yuan não irá se reforçar, mas sim, estabilizar. O mais importante agora é apoiar a estabilidade. No que se refere às exportações, elas não dependem plenamente da taxa de câmbio. Ultimamente, temos tido volumes de exportações bem suficientes".
A internacionalização do yuan está decorrendo de forma bastante rápida. De acordo com o Banco Central da China, no fim de 2017, mais de 60 países estavam utilizando o yuan na qualidade de moeda de reserva. Vale destacar que o yuan vem reforçando suas posições não somente na África. O Banco Central Europeu investiu €500 milhões (R$ 2,1 bilhões) de suas reservas em ativos expressos em yuanes. É provável que o volume de transações internacionais feitas em yuanes cresça também por todo o mundo.
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