Olá alunos,
Os setores monopolizados produzem resultados com frequência “socialmente indesejáveis”. A postagem de hoje fala sobre o Economista Francês Jean Tirole, que recebeu o prêmio Nobel de Economia por seus trabalhos sobre a regulação de setores dominados por poucas empresas.
Os setores monopolizados produzem resultados com frequência “socialmente indesejáveis”. A postagem de hoje fala sobre o Economista Francês Jean Tirole, que recebeu o prêmio Nobel de Economia por seus trabalhos sobre a regulação de setores dominados por poucas empresas.
Esperamos que gostem e participem.
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
O prêmio Nobel de Economia concedido a Jean Tirole pela Academia
Real das Ciências da Suécia é um reconhecimento às importantes contribuições
teóricas do economista francês em várias áreas, mas “acima de tudo ao seu
esforço para a compreensão e a regulação de setores dominados por poucas
empresas muito poderosas ou por um monopólio”, segundo a instituição. O
professor da Universidade de Toulouse receberá um prêmio de 8 milhões de coroas
suecas, equivalentes a pouco mais de 1 milhão de dólares.
Livres de regulação, os setores monopolizados
produzem resultados com frequência “socialmente indesejáveis”, entre eles
preços exageradamente elevados em relação aos custos ou empresas improdutivas
que só sobrevivem por meio do bloqueio do ingresso de concorrentes novos e mais
produtivos. A análise do economista sobre as empresas com grande poder de
mercado propõe caminhos para o governo lidar com fusões e cartéis e regular os
monopólios. Sugere a adaptação meticulosa da regulação às condições específicas
de atuação de cada setor, do financeiro ao de telecomunicações.
O espaço para a valorização de trabalhos como
o de Tirole ampliou-se após a crise de 2008 que tornou evidentes as lacunas
regulatórias no sistema financeiro. Outro estímulo foi a resistência crescente
ao poder de mercado de empresas como o Google e a Apple, especialmente na
Europa, palco também de um longo litígio com a Microsoft em anos anteriores.
Pelo segundo ano consecutivo, a academia sueca
premiou economistas críticos ao pressuposto dos mercados eficientes defendido
por pesquisadores da Universidade de Chicago, tradicionalmente acolhidos nas
premiações da instituição.
O domínio do mercado por monopólios ou oligopólios é uma
característica central da economia contemporânea. A autorregulação pretendida
pelo neoliberalismo é irrealizável, na definição do Prêmio Nobel Joseph
Stiglitz, e a única alternativa é a regulação promovida pelo Estado.
Michel Aglietta, autor de Regulação e Crises do Capitalismo,
é o pioneiro da chamada escola regulacionista francesa, representada também por
Robert Boyer e Alain Lipietz, entre outros. Os regulacionistas tornaram-se mais
conhecidos no mundo acadêmico e entre o público leigo a partir da sua
interpretação da dinâmica do capitalismo no período posterior à Segunda Guerra
Mundial. Aglietta destacou-se por seus estudos originais sobre a moeda e as
instabilidades financeiras. Segundo alguns economistas, sua obra tem
envergadura superior à de Tirole e o tornaria merecedor do Nobel.
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