Olá alunos,
A Assembléia Geral da ONU voltou a reivindicar a suspensão dos embargos dos EUA contra Cuba. A postagem de hoje busca analisar os supostos motivos que levaram ao embargo e o que vem despertando sua reprovação por parte da comunidade internacional.
A Assembléia Geral da ONU voltou a reivindicar a suspensão dos embargos dos EUA contra Cuba. A postagem de hoje busca analisar os supostos motivos que levaram ao embargo e o que vem despertando sua reprovação por parte da comunidade internacional.
Esperamos que gostem e participem.
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
Fellype Fagundes e Carlos Araújo
Monitores da disciplina "Economia Política e Direito" da Universidade Federal Fluminense
A Assembleia Geral da ONU voltou a reivindicar nesta
terça-feira (28) a suspensão do embargo dos Estados Unidos contra Cuba com
a aprovação de uma resolução que recebeu o apoio de 188 dos 193 membros das
Nações Unidas.
Trata-se da 23ª ocasião consecutiva desde 1992 em
que a Assembleia Geral se manifesta contra o bloqueio americano à ilha a pedido
do governo cubano.
Apenas Estados Unidos e Israel votaram contra o
texto, enquanto Micronésia, Palau e Ilhas Marshall se abstiveram.
Nos discursos prévios à votação, grupos como o
Movimento de Países Não-Alinhados, o Mercosul, a Celac e a União Europeia,
países latino-americanos como Colômbia, México e Venezuela e potências como
Rússia, Índia e China coincidiram em assinalar os problemas e os grandes
efeitos negativos do embargo.
A resolução, intitulada "Necessidade de pôr fim
ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da
América contra Cuba", recebeu os mesmos votos que há um ano, quando também
se registraram 188 a favor, dois contra e três abstenções.
Na apresentação do documento, o chanceler cubano,
Bruno Rodríguez, denunciou perante a Assembleia que o embargo produziu danos
econômicos acumulados de mais de US$ 1 trilhão e que os custos humanos do
bloqueio não param de crescer.
"São já 77% os cubanos que nasceram sob estas
circunstâncias. O sofrimento de nossas famílias não pode ser contabilizado",
declarou Rodríguez, que lembrou que várias convenções internacionais proíbem
medidas como as impostas por Washington.
O chanceler cubano destacou ainda o crescente apoio
à suspensão do embargo que é perceptível em "todos os setores da sociedade
americana" e lembrou que o bloqueio "prejudica Cuba, mas prejudica
também os Estados Unidos".
"Convidamos o governo dos Estados Unidos a uma
relação mutuamente respeitosa, sobre bases recíprocas, baseada na igualdade
soberana, nos princípios do Direito Internacional e na Carta das Nações
Unidas", afirmou Rodríguez, que defendeu a cooperação para "encontrar
soluções às diferenças".
Várias das delegações que discursaram hoje
destacaram o papel positivo de Cuba na comunidade internacional e deram como
exemplo a
contribuição de Havana à luta contra o ebola na África Ocidental,
para onde o país enviou várias centenas de profissionais de saúde.
Por sua parte, o representante americano, o
diplomata Ronald Godard, comentou que embora esses trabalhos sejam
"louváveis", não "escusam o tratamento que o regime dá a seu
próprio povo".
Para os EUA, que insistem que o bloqueio tenta
ajudar o povo cubano a poder exercer seus direitos humanos e liberdades
fundamentais, "esta resolução só serve para distrair dos problemas reais
dos cubanos".
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