Olá
alunos,
A notícia de hoje é um retrato das consequências das últimas políticas trabalhistas e das novas dinâmicas de trabalho que culminaram para o crescimento exponencial de trabalhadores em situação precária.
Esperamos que gostem e participem!
Lucas
Pessôa é membro do Grupo de Pesquisa "Estado, Instituições e Análise
Econômica do Direito" - GPEIA
Dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira 31 mostram que o
desemprego ainda atinge 12,5 milhões de pessoas. A taxa é de 11,8% no
trimestre encerrado em setembro. Há um recuo de 100 mil no número de
desempregados em comparação com o mês de agosto, quando 12,6 milhões de
trabalhadores estavam sem emprego. Apesar dos sinais de recuperação do
mercado de trabalho, os dados mostram que o aumento da população ocupada
tem sido puxado sobretudo pelo avanço da informalidade, que atingiu
nível recorde, atingindo 41,4% da população ocupada, ou 38,8 milhões de
brasileiros.
A categoria por conta própria chegou a 24,3 milhões de pessoas no
trimestre encerrado em agosto, o que representa uma alta de 4,7% (mais
1,1 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período de 2018. O número de
empregados sem carteira de trabalho assinada atingiu o recorde de 11,8
milhões de pessoas, o que representa um crescimento anual de 5,9% (mais
661 mil pessoas). Já o número de trabalhadores com carteira assinada
ficou em 33,0 milhões o que, segundo o IBGE, representa uma estabilidade
tanto na comparação com o mesmo período do ano passado como em relação
ao trimestre anterior.
A informalidade, segundo o IBGE, tem contribuído para diminuir o
desemprego, mas afeta a arrecadação previdenciária no país. De acordo
com os dados da pesquisa, 62,4% dos ocupados contribuem para a
Previdência Social, percentual que está em queda desde 2017, quando era
de 65,3%.
A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24,3%,
o que representa uma queda de 0,7 p.p. em relação ao trimestre móvel
anterior (25%) e estabilidade na comparação anual. Isso significa que
ainda falta trabalho atualmente para 27,8 milhões de brasileiros, ante
um contingente de 27,4 milhões no mesmo período do ano passado.
Segundo o IBGE, o país ainda tem um total de 4,7 milhões de
desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego), o que
representa uma queda de 3,9% (menos 193 mil pessoas) em relação ao
trimestre móvel e estabilidade na comparação anual.
Já o número de subocupados ficou em 7,2 milhões. O número de pessoas
trabalhando menos horas do que gostariam permaneceu estável em relação
ao trimestre anterior, mas cresceu 8,5% (ou mais 568 mil pessoas) em
relação ao mesmo trimestre de 2018.
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