Olá alunos.
A notícia comenta brevemente a opinião da Diretora Geral do FMI, Christine Lagarde, sobre o impacto que as criptomoedas poderão ter no futuro.
Esperamos que
gostem e participem,
Ramon Reis e Lauro
Monteiro, monitores da disciplina “Economia Política e Direito” da Universidade
Federal Fluminense.
Na semana passada,
a Diretora Geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, deu uma
declaração surpreendente, sobre o impacto que as criptomoedas poderão ter na
economia nos próximos anos. Segundo Lagarde, Bitcoin e as criptomoedas em geral
têm tanto futuro quanto a própria Internet. E poderão substituir Bancos
Centrais e a atividade bancária como a conhecemos hoje, além de desafiar o
monopólio das moedas nacionais.
Numa conferência
organizada pelo Bank of England, a número 1 do FMI ressaltou que as
limitações técnicas que as criptomoedas enfrentam hoje em breve serão coisa do
passado. Usando o conceito de Tecnologias Exponenciais da Singularity
University, eu diria que as criptomoedas estão na fase da Decepção, que é
anterior ao ponto de inflexão da curva de adoção pelos usuários. Neste estágio,
a tecnologia costuma enfrentar várias dificuldades, que tornam o seu uso
limitante. Assim, as pessoas que a experimentam tendem a considerá-la tão ruim,
que pensam ser incapaz de substituir o sistema atual. Não se dão conta,
entretanto, de que sua evolução se dá de forma exponencial e não de forma
linear, como estamos acostumados a pensar. Assim, em poucos meses, ela terá
evoluído o que nossas mentes comumente projetariam para décadas. Assim foi com
o celular, o smartphone, a energia solar, e está sendo com o carro autônomo e
inúmeras outras tecnologias.
Lagarde, em sua
palestra, lembrou que há não muito tempo atrás especialistas afirmavam que
computadores pessoais nunca seriam adotados pelo grande público e os tablets
serviriam como caras bandejas de cafés. Ela alertou para que não se faça o
mesmo julgamento com as moedas virtuais.
Ela enxerga que as
criptomoedas hoje não são vistas como uma ameaça real para a indústria
financeira por enfrentarem quatro grandes desafios: (a) são muito voláteis; (b)
são intensivas em energia; (c) as tecnologias subjacentes não são escaláveis; e
(d) não são ainda totalmente transparentes para os reguladores. Mas todas estas
limitações serão superadas com o tempo, segundo ela.
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