Olá alunos,
Para mostrar o agravamento da desigualdade nos
últimos anos, a organização Oxfam estima que "62 pessoas têm tanto capital
como a metade mais pobre da população mundial", quando, há cinco anos, era
a riqueza de 388 pessoas que estava equiparada a essa metade. A postagem de
hoje pretende problematizar melhor a temática, trazendo para discussão idéias e
conceitos tão primordiais para nossa realidade.
Esperamos que
gostem e participem.
Joyce
Borgatti e Palloma Borges.
Monitoras da
disciplina “Economia Política e Direito” da Universidade Federal Fluminense.
A
riqueza acumulada por 1% da população mundial, os mais ricos, superou a dos 99%
restantes em 2015, um ano mais cedo do que se previa, informou hoje (18) a
organização não governamental (ONG) Oxfam, a dois dias do Fórum Econômico
Mundial de Davos, na Suíça.
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"O
fosso entre a parcela dos mais ricos e o resto da população aumentou de forma
dramática nos últimos 12 meses", diz relatório da ONG britânica intituladoUma
economia a serviço de 1%.
"No
ano passado, a Oxfam estimava que isso fosse ocorrer em 2016. No entanto,
aconteceu em 2015, um ano antes", destaca no texto.
Para
mostrar o agravamento da desigualdade nos últimos anos, a organização estima
que "62 pessoas têm tanto capital como a metade mais pobre da população
mundial", quando, há cinco anos, era a riqueza de 388 pessoas que estava
equiparada a essa metade.
A
dois dias do Fórum Econômico Mundial de Davos, onde vão se encontrar os líderes
políticos e representantes das empresas mais influentes do mundo, a Oxfam pede
a ação dos países em relação a essa realidade.
"Não
podemos continuar a deixar que milhões de pessoas tenham fome, quando os
recursos para ajuda estão concentrados, no mais alto nível, em tão poucas
pessoas", afirma Manon Aubry, diretora dos Assuntos de Justiça Fiscal e
Desigualdades da Oxfam na França, citada pela agência de notícias France Presse
(AFP).
Segundo
a ONG, "desde o início do século 21 a metade mais pobre da humanidade se
beneficia de menos de 1% do aumento total da riqueza mundial, enquanto a
parcela de 1% dos mais ricos partilharam metade do mesmo aumento".
Para
combater o crescimento dessas desigualdades, a Oxfam pede o fim da "era
dos paraísos fiscais", acrescentando que nove em dez empresas que figuram
entre "os sócios estratégicos" do Fórum Econômico Mundial de Davos
"estão presentes em pelo menos um paraíso fiscal".
"Devemos
abordar os governos, as empresas e as elites econômicas presentes em Davos para
que se empenhem a fim de acabar com esta era de paraísos fiscais, que alimenta
as desigualdades globais", diz Winnie Byanyima, diretor-geral da Oxfam
International, que estará em Davos.
No
ano passado, vários economistas contestaram a metodologia utilizada pela Oxfam.
A ONG defendeu o método utilizado no estudo de forma simples: o cálculo do
patrimônio líquido, ou seja, os ativos menos a dívida.
A
pequena localidade suíça de Davos vai acolher, a partir da próxima quarta-feira
(20), líderes políticos e empresários para debater a 4ª Revolução Industrial.
Esta
46ª edição do fórum, que termina em 23 de janeiro, ocorre no momento em que o
medo da ameaça terrorista e a falta de respostas coerentes para a crise de
refugiados na Europa se juntam às dificuldades que a economia mundial encontra
para voltar a crescer e à forte desaceleração das economias emergentes.
Segundo
o presidente do fórum, Klaus Schwab, a "4ª revolução industrial refere-se
à fusão das tecnologias", principalmente no mundo digital, que "tem
efeitos muito importantes nos sistemas político, econômico e social".
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