Caros leitores,
A discussão do momento nas relações internacionais diz respeito à relação entre Estados Unidos e Rússia diante da possibilidade de ocupação por esta última do território ucraniano, gerando um conflito que impacta inclusive na realidade da União Europeia.
Com isso, trazemos hoje uma notícia que busca contextualizar esses elementos e as relações e interesses que envolvem esses novos conflitos que surgem, buscando compreender algumas perspectivas para o futuro.
Esperamos que gostem e compartilhem!
Ygor Alonso é membro do Grupo de Pesquisa em Estado, Instituições e Análise Econômica do Direito (GPEIA/UFF).
Os Estados Unidos alertaram a Rússia nesta terça-feira 25 para uma possível imposição de sanções “pesadas”, em caso de um ataque à Ucrânia, incluindo restrições a exportações. Washington também advertiu Moscou de que tentar transformar sua indústria de petróleo e gás em arma seria contraproducente.
“Estamos preparados para impor sanções com consequências massivas” que vão muito além das aplicadas em 2014, quando Moscou anexou a Crimeia, disse um alto funcionário da Casa Branca que pediu anonimato.
“Esta não é mais uma resposta gradual. Desta vez vamos começar no topo da escala (de sanções) e ficar lá”, ameaçou.
Os Estados Unidos planejam, de acordo com esta fonte, proibir a exportação de tecnologia americana e “potencialmente de alguns produtos fabricados no exterior que se enquadram nas regulamentações dos EUA” para a Rússia.
“As opções de controle de exportação que estamos considerando com nossos aliados seriam um duro golpe para as ambições de Putin de industrializar sua economia e afetariam setores importantes para ele, como, por exemplo, inteligência artificial, computação quântica, defesa, aeroespacial e outros”, explicou o funcionário.
Ele garantiu também que a Rússia seria afetada por fortes sanções financeiras e que, nessa área, há uma “convergência” com os europeus.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já anunciou que está considerando proibir os bancos russos de transações em dólares, a moeda predominante no comércio internacional.
O funcionário mencionou ainda um ponto delicado: o fornecimento de hidrocarbonetos russos e, em particular, de gás natural. Os europeus temem que a Rússia feche a torneira. O gás natural russo responde por mais de 40% do fornecimento da União Europeia.
“Acreditamos que estamos preparados para encontrar suprimentos alternativos que cubram uma maioria significativa dos possíveis cortes” na entrega de gás russo, e isso até a primavera, disse o alto funcionário.
“Trabalhamos com países e empresas de todo o mundo para garantir a segurança do abastecimento e mitigar o impacto nos preços”, acrescentou.
Washington e os europeus procuram “identificar volumes adicionais de gás natural vindos de várias partes do mundo, norte da África, Oriente Médio, Ásia e Estados Unidos”.
O funcionário também assegurou que o uso de energia como arma pode prejudicar Vladimir Putin: a Rússia “precisa da receita de gás e petróleo tanto quanto a Europa precisa de seus suprimentos de energia”.
Os Estados Unidos estão aumentando a pressão sobre Moscou, na esperança de dissuadi-la de atacar a Ucrânia, e colocaram milhares de soldados americanos de prontidão para reforçar as tropas da Otan.
As forças armadas russas lançaram uma nova série de exercícios perto da Ucrânia e na Crimeia anexada nesta terça-feira.
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