Olá alunos,
A notícia de hoje trata de mais um das consequências oriundas da política externa do atual governo.
Esperamos que gostem e participem!
Lucas Pessôa é membro do Grupo de Pesquisa "Estado, Instituições e Análise Econômica do Direito" - GPEIA
Olá
alunos, Trazemos hoje uma notícia que ilustra como foi encontro entre as lideranças dos países membros do BRICS.
Esperamos que gostem e participem!
Lucas Pessôa é membro do Grupo de Pesquisa "Estado, Instituições e Análise Econômica do Direito" - GPEIA
Foi como um encontro de velhos amigos, afirmou o presidente Jair
Bolsonaro após o encontro de cúpula dos Brics em Brasília. De fato, os
líderes reunidos se assemelhavam, sobretudo na idade e no gênero: os
chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul têm
todos mais de 60 anos de idade. Mas para encontrar outros pontos em
comum, em sua reunião sob a égide brasileira, eles vão ter que se
esforçar muito.
No comunicado final, manifestaram consenso quanto
à intenção de fomentar o multilateralismo, rechaçar o protecionismo e
ampliar o comércio dentro do bloco. Atrás dessa reivindicação, estava
uma crítica indireta aos Estados Unidos do presidente Donald Trump – mas
só indireta mesmo, pois o presidente populista de direita do Brasil é
fã declarado de seu colega americano, e também para a Índia os EUA são
um parceiro comercial estrategicamente importante.
Ainda assim
evidenciou-se que, enquanto os conflitos de interesse dentro do Brics
aumentaram, o significado do bloco como associação dos países emergentes
em rápido crescimento diminuiu. Foi sob o aspecto do crescimento que,
na década de 2000, o Jim O'Neill, economista-chefe do banco de
investimentos Goldman Sachs, reuniu quatro países sob o acrônimo Bric.
Em
2010, por motivos políticos, a África do Sul foi acrescentada, como
representante do continente africano. Contudo o bloco, responsável por
40% da população mundial e cerca de um terço do produto econômico
mundial, se transformou numa constelação heterogênea.
É fato que se manteve a divisão de trabalho original, elaborada por
O'Neill ao propor o Bric: na economia mundial, China é a fabricante
industrial ("galpão"); Índia, a prestadora de serviços ("fábrica de
ideias"); Brasil, o fornecedor de produtos agrários e matérias-primas
("alimentador"); e Rússia, a de petróleo e gás ("posto de
abastecimento").
Contudo a Índia e a China cresceram
vertiginosamente, deixando seus parceiros do Brics para trás: desde
2001, sua participação na economia mundial cresceu de 12% para 27%,
segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Por sua vez, Rússia,
Brasil e África do Sul caíram de 7% para 6%. Após vários anos de crise,
estes dois últimos se mantiveram como potências regionais, na periferia
da economia mundial, enquanto a Rússia segue na liderança militar do
grupo.
Entretanto, o fato de os demais chefes de Estado terem se
disposto a percorrer o longo caminho até Brasília mostra que importância
ainda conferem ao bloco, como centro de poder geopolítico alternativo.
O
presidente chinês, Xi Jinping, criticou que o crescente protecionismo
internacional faça estagnar o comércio e os investimentos. Em Brasília,
ele se posicionou como o economista de mercado, protetor do clima e
incentivador da economia digital global – obviamente como alternativa a
Trump.
Seu homólogo russo, Vladimir Putin, cuja economia sofre
com as sanções da União Europeia, declarou interesse em maior cooperação
internacional nas áreas de farmacêutica, viagem aérea e espacial,
informática e tecnologia nuclear. O chefe de Estado indiano, Narendra
Modi, em contrapartida, quer intensificar o livre-comércio dentro do
Brics.
O anfitrião Bolsonaro manteve-se bastante reservado, do
ponto de vista político. Chamou a atenção o modo como cortejava Xi
Jinping: apenas um ano atrás, em sua campanha eleitoral, ele bradava
contra a expansão chinesa no Brasil. Agora, expressou gratidão por os
conglomerados de energia chineses terem impedido que o recente megaleilão do pré-sal fosse um completo fiasco.
Xi
mostrou-se generoso, anunciando um fundo de investimento no valor de
100 bilhões de dólares, a ser criado para projetos de infraestrutura no
Brasil. A China pretende disponibilizar 15 bilhões de dólares
imediatamente, tão logo o Brasil possa garantir uma participação própria
de 5 bilhões de dólares.
Olá alunos,
A notícia de hoje trata de mais um das consequências oriundas da política externa do atual governo.
Esperamos que gostem e participem!
Lucas Pessôa é membro do Grupo de Pesquisa "Estado, Instituições e Análise Econômica do Direito" - GPEIA
Olá alunos,
A notícia de hoje trata de mais um das consequências oriundas da política externa do atual governo.
Esperamos que gostem e participem!
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